Com clima bem diferente do final de semana – marcado por conflitos -, a segunda-feira (5) terminou com tranquilidade entre indígenas e produtores rurais. Com a situação de tensão, a ministra dos povos indígenas, Sônia Guajajara, tem agenda prevista para ir a Dourados e Douradina nesta terça (6).
De acordo com a assessoria do MPI (Ministério dos Povos Indígenas), a ministra chega a Campo Grande às 5h30 e segue para o locais de conflito.
Após conflitos na zona rural de Douradina, a 191 quilômetros de Campo Grande, que resultou em 12 feridos, o comando da Força Nacional intensificou as rondas.
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A Polícia Federal e a Polícia Civil apuram os confrontos, mas nenhum suspeito foi identificado até o momento.
Vítimas dos conflitos
Entre a noite deste domingo (4) e a madrugada desta segunda-feira (5), seis pessoas ficaram feridas em novo confronto.
Entre os feridos, cinco são produtores rurais e uma vítima é indígena. As vítimas sofreram ferimentos superficiais e não quiseram ser encaminhadas ao atendimento médico.
No sábado (3), cinco indígenas da etnia guarani kaiowá também foram feridos com tiros de armas letais e de munição de borracha. Os atacados no sábado foram encaminhados ao Hospital da Vida, em Dourados.
À reportagem, a instituição informou que apenas um indígena segue internado aguardando avaliação neurológica.
O conflito na região segue desde o dia 13 de julho, quando um indígena foi baleado na perna por uma bala de borracha.
Enquanto indígenas afirmam ser donos ancestrais da área, fazendeiros alegam serem proprietários legais da terra.
Polícias militar e federal, representantes da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), militares da Força Nacional e promotores do Ministério Público Federal (MPF) foram ao local do conflito.
Mesmo com diversas reuniões, nenhum acordo foi firmado entre as partes.