Confira os atletas de MS que vão competir nas paralimpíadas de Paris


Os Jogos Paralímpicos de Paris só começam no próximo dia 28 de agosto, mas os atletas que vão representar Mato Grosso do Sul na competição começam a embarcar para a capital da França nesta semana. No total, oito atletas e uma professora de judô contam com a torcida dos sul-mato-grossenses na disputa por medalhas nas paralimpíadas😀.

Atletas de MS que vão competir nas paralimpíadas. (Foto: Reprodução)

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Entre os astros estão o campo-grandense Yeltsin Jacques, que viaja para os jogos na próxima quarta-feira, dia 14.

Yeltsin já acumula pelo menos 5 medalhas em campeonatos mundiais de atletismo para competidores com deficiência visual, incluindo dois ouros em paralimpíadas, uma prata e dois bronzes.

Apesar da experiência, o atleta adianta que a ansiedade para a competição está grande. Yeltsin vai disputar as provas de 1.500 e 5.000 metros na classe T11, destinada a atletas cegos.

“Por mais que eu seja bastante experiente: estou indo para a minha terceira edição dos jogos, sou o atual campeão, atual recordista mundial em duas provas; mesmo assim, gera uma ansiedade, mas uma ansiedade positiva, uma ansiedade bacana, graças a Deus. Esperamos chegar bem lá e fazer o nosso melhor”.

Yeltsin Jacques, paratleta de MS.

No próximo dia 20 de agosto, também embarcam para Paris as judocas Kelly Victório, Erika Cheres Zoaga e a professora de judô Talitha Silva. No dia 19, quem viaja para a França é Fernando Rufino, o “Cowboy de Aço”, para arrasar nas disputas de canoagem.

Confira a trajetória dos atletas que vão representar Mato Grosso do Sul nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024.

Yeltsin Jacques – atletismo

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Yeltsin Jacques. (Foto: CPB)

Recordista mundial nas provas de 1.500 e 5.000 metros o atleta é o atual campeão mundial dos 5.000m. Na última edição dos Jogos Paralímpicos, em Tóquio-2020, ele levou o ouro nas duas categorias e ainda garantiu o recorde mundial. 

Edelson Ávila – atletismo

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Yeltsin e Edelson. (Foto: Divulgação)

Edelson de Avila Almeida, nascido em Iguatemi, atuará como atleta-guia de Yeltsin.

Gabriela Mendonça – atletismo

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Gabriela Mendonça. (Foto: Alessandra Cabral/CPB)

Gabriela Mendonça Ferreira, de 26 anos, também é campo-grandense e competirá e vai estrear em paralimpiadas nas provas de atletismo da classe T12, destinada a atletas com baixa visão. A campo-grandense compete desde 2009 através de um projeto escolar.

Entre as conquistas dela estão medalhas de ouro no salto em distância e bronze nos 100 metros dos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019. No Mundial de Dubai 2019, ela ganhou medalha de bronze no salto em distância.

Paulo Andrade – atletismo

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Paulo Henrique. (Foto: Alessandra Cabral/CPB)

Douradense, Paulo Henrique Andrade dos Reis competirá na modalidade de atletismo, classe T-13. Ele conquistou prata no salto em distância nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023 e ouro no Grand Prix em Marrakech 2023. Paulo foi diagnosticado com retinose congênita aos dois anos, doença que compromete a visão.

Fernando Rufino – canoagem

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Fernando Rufino. (Foto: Miriam Jeske/CPB)

Atual campeão mundial da canoagem paralímpica, Fernando Rufino de Paulo, o “Cowboy de Aço” é natural de Eldorado. Ele vai representar o estado nas paralimpíadas, após conquistar a medalha de ouro na categoria VL2M200m no Mundial de Paracanoagem.

Rufino também competiu na Rio-2016, ganhando a medalha de prata nos 200 metros. Já em Tóquio-2020 fez história ao alcançar a medalha dourada ouro na prova de 200 metros, com o tempo de 53,077 segundos.

Débora Benevides – canoagem

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Débora Benevides. (Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPB)

Nascida em Campo Grande, Débora Raiza Ribeiro Benevides acumula medalhas em campeonatos mundiais e pan-americanos. A atleta, que tem má-formação nas pernas, iniciou no atletismo aos 15 anos, mas encontrou o verdadeiro talento na canoagem.

Kelly Victório – judô

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Kelly Victório. (Foto: Alessandra Cabral/CPB)

Kelly Kethyllin Victório, tem apenas 20 anos, e foi convidada para competir nos Jogos Paralímpicos de Paris, após o Brasil garantir mais duas vagas na competição. Campo-grandense, Kelly compete na categoria até 70 kg da classe J2 (baixa visão).

Recentemente, ela conquistou a medalha de ouro no Parapan de Jovens em Bogotá, demonstrando seu talento e determinação. Kelly, que nasceu com má-formação no nervo óptico, ocupa a décima posição no ranking paralímpico da Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA).

Erika Cheres Zoaga – judô 

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Érika Cheres. (Foto: Renan Cacioli/CBDV)

Erika Cheres Zoaga é de Guia Lopes da Laguna e competirá na categoria +70 kg da classe J1 (cegos totais). Atualmente representando a equipe ARDV-MT, Erika acumula prata no Grand Prix de Tiblissi e ouro no Grand Prix de Antalya em 2024. Nascida com glaucoma congênito, Erika descobriu o judô em 2006 e, desde então, vem acumulando vitórias significativas no cenário internacional.

  1. Atletas de MS são convocados para os Jogos Paralímpicos de Paris

  2. Yeltsin Jacques é convocado para disputar Mundial

Talitha Silva – judô

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Talitha Silva (ao centro) será auxiliar-técnica da delegação brasileira na competição (Foto: Divulgação)

Além dos atletas, a professora de judô Anne Talitha Almeida Ferreira Silva foi chamada para ser auxiliar-técnica da delegação brasileira na competição. Com uma carreira dedicada ao treinamento de atletas paralímpicos desde 2006, Anne Talitha traz sua vasta experiência e conhecimento para a equipe brasileira.

O evento

A delegação brasileira começa a embarcar nesta segunda-feira, 12, com destino à França para disputar os Jogos Paralímpicos de Paris 2024. A cerimônia de abertura da competição acontece no dia 28 de agosto e o encerramento acontece no dia 8 de setembro.

Serão 279 atletas brasileiros nos Jogos Paralímpicos de Paris. O grupo é formado por 254 esportistas com deficiência, 19 atletas-guia (sendo 18 do atletismo e 1 do triatlo), três calheiros da bocha, dois goleiros do futebol de cegos e um timoneiro do remo.

Os atletas do país estarão em disputas de 20 das 22 modalidades do programa dos Jogos, uma vez que os brasileiros não conseguiram a classificação no basquete em cadeira de rodas e no rúgbi em cadeira de rodas. Esta é a maior missão brasileira em uma edição do megaevento fora do Brasil.





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