Mpox volta a ser emergência sanitária global, alerta OMS; saiba os riscos


A mpox, popularmente conhecida como varíola dos macacos voltou a colocar o mundo em estado de alerta. Nesta quarta-feira (14), a OMS (Organização Mundial da Saúde) anunciou que a doença retornou ao patamar de ESPII (Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional).

Imagem ilustrativa do vírus da doença. (Foto: National Institute of Allergy and Infectious Diseases/Unsplash)

Nova variante

O alerta da entidade ocorre em meio ao aumento de casos da doença e à circulação de uma nova variante do vírus no continente africano. O primeiro surto global da mpox foi declarado em 2022, mas a doença foi controlada e saiu da lista de emergências em 2023.

A OMS teme que a mpox volte a se alastrar rapidamente diante da propagação da nova variante, que vem acontecendo especialmente na República Democrática do Congo. Naquele país, neste ano, já foram registrados quase 14 mil casos, incluindo450 mortes, segundo o último relatório do Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças, o Africa CDC.

No resto do mundo

Fora da África, contudo, até o momento, “o surto continua com um baixo nível de transmissão”, afirmou a OMS. No momento, a avaliação do Ministério da Saúde é de que o risco para o Brasil é baixo, conforme o portal g1. Atualmente, há duas vacinas recomendadas pela OMS contra a doença. No entanto, nenhuma delas está sendo usada no país.

“A OMS está comprometida em coordenar a resposta global nos próximos dias e semanas, trabalhando em estreita colaboração com cada um dos países afetados e alavancando nossa presença local para prevenir a transmissão, tratar os infectados e salvar vidas”.

Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS.

Ao g1, o Ministério da Saúde disse que “caso novas evidências demonstrem a necessidade de alterações no planejamento, as ações necessárias serão adotadas e divulgadas” sobre a imunização contra a doença.

Como transmite

A mpox é uma doença causada pelo mpox vírus (MPXV). Trata-se de uma doença zoonótica viral, em que sua transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com:

  • Pessoa infectada pelo mpox vírus;
  • Materiais contaminados com o vírus.
  • Animais silvestres ( roedores) infectados.

Sintomas

  • Erupções cutânea ou lesões de pele
  • Adenomegalia – Linfonodos inchados (ínguas)
  • Febre
  • Dores no corpo
  • Dor de cabeça
  • Calafrio
  • Fraqueza

Prevenção

A principal forma de proteção contra a mpox é a prevenção. Aconselha-se a evitar o contato direto com pessoas com suspeita ou confirmação da doença. Pessoas com suspeita ou confirmação da doença devem cumprir isolamento imediato, não compartilhar objetos e material de uso pessoal, tais como toalhas, roupas, lençóis, escovas de dente, talheres, até o término do período de transmissão.

Lave regularmente as mãos com água e sabão ou utilize álcool em gel, principalmente após o contato com a pessoa infectada, suas roupas, lençóis, toalhas e outros itens ou superfícies que possam ter entrado em contato com as erupções e lesões da pele ou secreções respiratórias (por exemplo, utensílios, pratos). Lave as roupas de cama, roupas, toalhas, lençóis, talheres e objetos pessoais da pessoa com água morna e detergente. Limpe e desinfete todas as superfícies contaminadas e descartar os resíduos contaminados (por exemplo, curativos) de forma adequada.

Tratamento

O tratamento dos casos de mpox tem se sustentado em medidas de suporte clínico com o objetivo de aliviar sintomas; prevenir e tratar complicações e evitar sequelas. A maioria dos casos apresenta sinais e sintomas leves e moderados. Até o momento, não se dispõe de medicamento aprovado especificamente para mpox.





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