Análise: EUA e UE devem articular sanções robustas contra Venezuela


A crise política na Venezuela deve enfrentar uma nova fase de pressão internacional, com os Estados Unidos e a União Europeia articulando sanções mais robustas contra o regime de Nicolás Maduro.

O analista de internacional da CNN Lourival Sant’Anna previu durante o programa WW um endurecimento das medidas punitivas após as recentes fraudes eleitorais no país sul-americano.

Segundo Sant’Anna, os EUA devem adotar sanções pessoais contra os protagonistas da fraude eleitoral, além de apertar o cerco econômico à Venezuela.

“Os Estados Unidos vão adotar sanções contra as pessoas que protagonizaram a fraude, sanções pessoais e tal e apertar o cerco também contra a economia venezuelana”, afirmou o analista.

A União Europeia, que até agora havia se limitado a sanções relacionadas a armamentos e equipamentos usados na repressão da população, deve se alinhar aos Estados Unidos em medidas mais severas.

O bloco europeu tem desempenhado um papel importante no processo de expor as irregularidades do regime venezuelano ao longo dos anos.

Possível ação do Tribunal Penal Internacional

Além das sanções econômicas e pessoais, o analista menciona a possibilidade de uma ação do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o regime de Maduro.

Um processo em andamento desde 2019 no TPI já acumula mais de 700 denúncias recentes de prisões, perseguições, desaparecimentos e torturas.

Sant’Anna ressalta que o TPI rejeitou recentemente um recurso do regime venezuelano relacionado aos assassinatos ocorridos em 2017, durante a eleição da Assembleia Nacional Constituinte.

“Foram 126 mortes, então é crimes contra a humanidade, mas agora tem tantos outros crimes, inclusive envolvendo violações de menores, abusos contra crianças e tal”, explicou o especialista.

A escalada das ações internacionais contra o regime de Maduro reflete a crescente preocupação com a situação dos direitos humanos e a deterioração da democracia na Venezuela.

A comunidade internacional busca, assim, aumentar a pressão sobre o governo venezuelano para que haja uma transição democrática no país.

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