Coletivo terena de Miranda leva prêmio de conservação ambiental da ONU


O coletivo Terena Caianas, da Terra Indígena Cachoeirinha, em Miranda, foi reconhecido pela ONU (Organização das Nações Unidas) por suas ações de preservação ambiental e desenvolvimento sustentável no território dos povos originários em Mato Grosso do Sul.

Entre as ações fomentadas pelo coletivo está a agroecologia. (Foto: Caianas)

A organização é uma das 11 entidades vencedoras do Prêmio Equatorial 2024, promovido pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), agência da ONU que atua em mais de 170 países.

O prêmio confere um valor de 10 mil dólares, aproximadamente R$ 55,5 mil, que será repassado à organização em outubro.

O coordenador geral da Caianas, Ederval Antonio, destaca a importância do recurso para o fomento das ações da organização.

“Esse prêmio vem para agregar, para que a gente continue fortalecendo as nossas ações. A Caianas vai continuar buscando alternativas e soluções no enfrentamento da crise climática no Pantanal e no Cerrado, que vêm sofrendo muito.”

Ederval Antonio, coordenador geral da Caianas.

Neste ano, a disputa pelo prêmio foi acirrada. Entre 600 indicações de 102 países diferentes, a Caianas foi escolhida, junto com outras 10 organizações indígenas e comunidades locais de países como Ásia, África, América Latina e Caribe.

“A partir de agora, a Caianas se junta a um grupo seleto de 285 comunidades que foram reconhecidas desde 2002.”

Ederval Antonio, coordenador geral da Caianas.

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Jovens indígenas que participam das ações. (Foto: Caianas)

Trajetória

O Prêmio Equatorial 2024 será concedido virtualmente em data a definir no mês de outubro, após a Cúpula do Futuro da ONU e antes da Conferência das Partes sobre Biodiversidade (CBD COP 16) em Cali, Colômbia, e da Conferência das Partes sobre Mudança Climática (UNFCCC COP 29) em Baku, Azerbaijão.

A Caianas foi instituída em 2015 por famílias envolvidas no projeto GATI (Gestão Ambiental e Territorial Indígena) na Terra Indígena Cachoeirinha. O GATI foi o projeto-piloto da PNGATI (Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas) e abrangeu terras indígenas em todos os biomas do país.

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Crianças atendidas pelo coletivo. (Foto: Caianas)
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Ações da organização

Desde então, o coletivo realiza uma série de ações que valorizam a cultura e a preservação do território indígena. Entre as iniciativas estão oficinas, cursos, recuperação de nascentes e a inserção da agroecologia Terena em escolas do território.

Outra ação inédita do coletivo no estado foi a elaboração e execução conjunta, com o IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul), do curso de Agricultor Agroflorestal, inteiramente ministrado no território indígena por professores indígenas e não indígenas, combinando saberes tradicionais e acadêmicos.

A Caianas também integra a Articulação Nacional de Agroecologia.





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