Imagens impressionantes do fogo se alastrando pelo território indígena Capoto/Jarina, no Xingu – região da Amazônia Legal em Mato Grosso – são o retrato da destruição provocada pelos incêndios florestais. Nesta segunda-feira (26) foi confirmada a morte de um brigadista do Ibama durante o combate aos focos. O vídeo abaixo mostra a dimensão da situação:
O brigadista estava desaparecido desde as 11h desse domingo (25). O corpo foi encontrado nesta segunda-feira (26) na Terra Indígena em Peixoto de Azevedo, a 692 km de Cuiabá, que foi destruída pelas chamas. A identidade do brigadista não foi divulgada pelo Ibama.
Os indígenas pedem ajuda. Conforme o Instituto Raoni, são apenas 42 brigadistas pra uma área de 635 mil hectares – maior que todo o Distrito Federal.
O cacique Megaron Txucarramãe, sobrinho do cacique Raoni, gravou um vídeo pedindo ajuda aos bombeiros, Ibama e Funai. Segundo ele, a situação na região se agravou nos últimos 10 dias. Seriam muitos focos e pouca estrutura. Veja abaixo:
O Instituto Raoni informou que este ano os focos se espalharam mais cedo que o normal. Geralmente, o pico é em setembro.
Conforme o Corpo de Bombeiros, o combate no Xingu é de responsabilidade da União, e para que os militares atuem, é preciso que haja pedido oficial.
Outra morte
Na última quinta-feira (22) o funcionário de uma fazenda morreu enquanto ajudava no combate a um incêndio de grande proporção que atingiu uma área de canavial próxima da BR-163, na zona rural de Itiquira, a 359 km de Cuiabá.
A área está localizada após a ponte sobre o Rio Correntes, que dá acesso à Rondonópolis, a 218 km da capital. A vítima foi identificada como Paulo Henrique Pereira Souza.
De acordo com a Polícia Civil, um caminhão-pipa transportava dois funcionários, sendo o motorista, que conseguiu escapar das chamas, e o ajudante, que tentou fugir, mas acabou correndo sendo atingido pelo incêndio.