O Kremlin rejeitou nesta quarta-feira (28) as falas do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, sobre um plano que ele tem para acabar com a guerra e disse que a Rússia continuaria o que chama de sua “operação militar especial” na Ucrânia.
Zelensky disse na terça-feira (27) que apresentaria seu plano – detalhes completos que ele não divulgou publicamente – ao presidente dos EUA Joe Biden e seus dois potenciais sucessores.
Zelensky, em entrevista coletiva, disse que a incursão de Kiev na região russa de Kursk, que já dura três semanas, fazia parte de seu plano, mas que também incluía outras medidas nas frentes econômica e diplomática.
A ideia, disse Zelensky – que está a pressionar Washington para permitir que as suas forças utilizem armas de longo alcance fornecidas pelos EUA para atacar nas profundezas da Rússia – era forçar Moscou a pôr fim à guerra.
“Esta não é a primeira vez que ouvimos tais declarações de representantes do regime de Kiev. Estamos cientes da natureza deste regime de Kiev”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, aos repórteres quando questionado sobre o plano de Zelenskiy.
“Continuamos a nossa operação militar especial e alcançaremos todos os nossos objetivos”.
A Rússia está atualmente empenhada em repelir a incursão ucraniana que começou em 6 de agosto e avança com a sua própria ofensiva na região de Donetsk, no leste da Ucrânia.
Peskov também disse que a Rússia apoiava a visão da Índia sobre a necessidade de um acordo pacífico, mas disse que era “mais do que óbvio” que não havia base para negociações neste momento.
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, disse na terça-feira que disse ao presidente russo, Vladimir Putin, por telefone, que havia retornado uma resolução pacífica e rápida para o conflito na Ucrânia, dias depois de Modi ter conversado com Zelensky em Kiev.
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