A Orquestra Indígena da Fundação Ueze Zahran foi o destaque da noite desta quarta-feira (28) e brilhou ao se apresentar com o Concerto Gaia em Campo Grande.
A Capital sedia a 17ª edição do Festival “Encontro com a Música Clássica”, com a participação de mais de 300 artistas, celebrando a música erudita e promovendo a educação musical.
O maestro da Orquestra Sinfônica de Campo Grande, Eduardo Martinelli expressou a importância do evento para a região, destacando a participação de músicos renomados e jovens talentos.
“Essa noite representa muita coisa. Estamos na terceira noite de um evento muito importante e tradicional da nossa cidade, que reúne profissionais de alto nível do Brasil e do exterior. O coração bate mais forte, com certeza”, disse Martinelli.
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Orquestra indígena dá tom em apresentação do Encontro com Música desta 4ª
A Orquestra Indígena é resultado de um projeto social de ensino musical da Fundação Ueze Zahran, que há 7 anos trabalha para resgatar e valorizar a música brasileira e a tradição indígena, promovendo parcerias com artistas e orquestras de destaque nacional.
Através de suas apresentações, o grupo enfatiza a importância da preservação ambiental e o papel da cultura como eixo de convivência e respeito.
A jovem Carla Stephanie da Cruz Maciel, de 18 anos, compartilhou sua experiência como integrante da Orquestra Indígena.
“É muito emocionante. A música da orquestra mudou minha vida de várias maneiras. Agora faz parte da minha vida e da minha família. Desde pequena, vejo as pessoas que estão tocando comigo, crescendo e evoluindo juntas. É gratificante ver meus amigos, minha família”, disse Carla.
A apresentação da Orquestra Indígena foi seguida por um grupo de músicos de Portugal, incluindo o renomado compositor e criador Norberto Gonçalves da Cruz.
Cruz relatou que trouxe ao público um conceito baseado na mitologia de Gaia, a Terra-Mãe, traduzido em composições que percorrem diversos estilos musicais.
“Criamos uma série de composições que envolvem esferas físicas, metafísicas e íntimas humanas. É uma viagem através dos elementos, um convite à reflexão”, explicou Norberto.
O músico português também compartilhou a emoção de se apresentar no Mato Grosso do Sul, lugar pelo qual desenvolveu um carinho especial.
“Para nós, é uma grande emoção. Esta é a terceira vez que venho ao Mato Grosso do Sul, e a cultura local me conquistou desde a primeira visita. Sonhamos muito em fazer coisas juntos, tanto aqui quanto em Portugal, e esse trabalho nasceu dessa conexão”, afirmou Cruz.
O evento ocorre até o dia 30 de agosto, sempre às 20h, no Teatro Glauce Rocha, com entrada gratuita, permitindo ao público apreciar a riqueza da música clássica.