A vice-presidente dos Estados Unidos e candidata à Casa Branca, Kamala Harris, enfrenta desafios significativos em sua campanha eleitoral, especialmente no âmbito econômico, conforme análise da professora de Relações Internacionais da ESPM Denilde Holzhacker ao programa WW.
Com apenas 68 dias até as eleições, Harris se vê diante de um período crucial que pode definir o rumo de sua candidatura.
A especialista destaca que a “lua de mel” inicial da campanha está chegando ao fim, e a vice-presidente deverá enfrentar questionamentos mais incisivos.
Fragilidades econômicas e forças internacionais
Segundo Holzhacker, “A questão econômica é um ponto muito frágil” para Harris.
No entanto, a candidata demonstra maior desenvoltura em temas de política externa, como as questões relacionadas a Gaza e à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Nesses assuntos, Harris tem conseguido “trazer o histórico da política externa americana democrata” de forma mais eficaz.
A ausência de Harris em debates e entrevistas individuais tem sido questionada, pois são momentos em que ela seria duramente interpelada sobre suas posições, especialmente em relação à economia.
Além disso, a postura dos Estados Unidos frente à China, tema já abordado pela administração Biden, também deverá ser um ponto de discussão para a candidata.
Desafios da campanha condensada
Diferentemente de candidatos que passam por todo o processo das primárias, Harris terá um espaço mais curto para defender suas posições.
Isso significa que ela enfrentará um escrutínio intenso em um período concentrado, tanto por parte dos eleitores quanto da mídia nacional e internacional.
À medida que a campanha avança, espera-se que Harris seja cada vez mais pressionada a esclarecer suas posições sobre questões econômicas e de política externa, testando sua capacidade de resposta e adaptação às demandas do eleitorado americano.