Após novo apagão, eletricidade começa a retornar na Venezuela


A energia elétrica começou a voltar em partes da Venezuela na tarde desta sexta-feira (30), após a capital Caracas e grande parte do país terem sido atingidas por um apagão que o governo atribuiu — sem apresentar evidências — a uma sabotagem da oposição.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, enfrenta uma batalha com a oposição sobre o resultado da eleição presidencial de 28 de julho, e acusa o que chama de “ataques” contra a rede elétrica, algo que a oposição sempre nega.

Todos os 24 estados do país reportaram perda parcial ou total no fornecimento de energia elétrica, afirmou Freddy Nañez, ministro da Comunicação e da Informação, à televisão estatal na manhã desta sexta-feira (30).

“Fomos novamente vítimas de sabotagem elétrica”, afirmou. Ele não deu evidências de que houve um ataque deliberado.

Por volta das 13 horas no horário local, a eletricidade foi retomada em partes das cidades de Maracaibo, Valência, Puerto Ordaz e Caracas, de acordo com testemunhas da Reuters.

O ministro do Interior, Diosdado Cabello, disse à televisão estatal que a eletricidade retornaria gradualmente, a começar pela capital: “Começará a voltar pouco a pouco em todo o país”.

A Venezuela sofreu apagões de magnitude nacional pela última vez em 2019, com alguns durando até três dias. As autoridades também atribuíram essas quedas de energia a ataques à rede por sabotadores e opositores do governo Maduro.

Um porta-voz da oposição não estava imediatamente disponível para comentar o tema, mas observadores culpam há tempos a infraestrutura em deterioração pelos blackouts.

O apagão atingiu importantes operações da estatal petrolífera PDVSA, incluindo o maior terminal de petróleo do país, chamado José, onde o carregamento e descarregamento de embarcações foi interrompido durante o episódio, segundo fontes e um documento visto pela Reuters.

Tanto o governo quanto a oposição dizem ter vencido a eleição do mês passado, com a autoridade eleitoral e a Suprema Corte apoiando Maduro. As autoridades não divulgaram as atas eleitorais, apesar de apelos da comunidade internacional nesse sentido.



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