Por causa do calor, tempo seco e baixa umidade, a poluição de São Paulo ficou mais visível e deixou o “céu escuro”. O boletim desta segunda-feira (2) da Companhia Ambiental do estado de São Paulo (Cetesb) aponta que a qualidade de ar “está desfavorável para dispersão de poluentes”.
A massa de ar seco potencializa a nebulosidade, além de poucos ventos. Na região das zonas Leste e Norte, a qualidade do ar foi classificada entre ruim e muito ruim, nos parâmetros estabelecidos pela Cetesb.
“Hoje, em São Paulo, houve condições que favoreceram a inversão térmica. Esse fenômeno ocorre quando uma camada de ar quente se posiciona sobre uma camada de ar frio, impedindo a dispersão dos poluentes e levando à sua concentração mais próxima ao solo. Isso pode agravar a qualidade do ar, contribuindo para níveis elevados de poluição”, explicou Capitão Farina, diretor de comunicação da Defesa Civil de São Paulo.
Por esse motivo, muitos que olharam para o céu hoje viram um tom “escuro” de poluição concentrada.
A expectativa, na região Sudeste, é que o tempo continue seco, quase sem chuvas durante setembro. As temperaturas também devem ser registradas acima da média no interior de São Paulo, segundo Climatempo.
Clima seco favorece incêndios
Além da polução, o interior do estado de São Paulo sofre com a fumaça causada por incêndios.
O governo de São Paulo anunciou o fechamento de 80 unidades de conservação por causa dos incêndios florestais no estado. A Fundação Florestal, órgão ligado à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, decretou o fechamento emergencial dos parques na região metropolitana e no interior paulista.
Durante o mês de agosto, São Paulo registrou o maior número de queimadas desde o início da série histórica em 1998. O aumento de focos de incêndio subiu 989%, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Nesta segunda-feira (2), pelo menos sete cidades registraram focos de queimada no interior. A Defesa Civil deixou boa parte do estado em emergência para queimadas.