Trump sobre mulher que o acusou de apalpá-la: “Ela não teria sido a escolhida“


O advogado do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump pediu a um tribunal federal de apelações nesta sexta-feira (6) que anulasse um veredicto de US$ 5 milhões do júri que considerava Trump responsável por agredir sexualmente e difamar a escritora E. Jean Carroll, que o acusou de estuprá-la há quase três décadas.

Grande parte dos argumentos perante o 2º Tribunal de Apelações do Circuito dos EUA, em Manhattan, basearam-se numa alegação do advogado de Trump de que o juiz de primeira instância não deveria ter deixado outras mulheres testemunharem que o candidato presidencial republicano as agrediu sexualmente há décadas.

Trump criticou a admissão do juiz Kaplan do depoimento de duas acusadoras, Jessica Leeds e Natasha Stoynoff.

Leeds disse que Trump a apalpou em um avião no final dos anos 1970, enquanto Stoynoff disse que a beijou à força em sua propriedade em Mar-a-Lago, em 2005.

“Pense na impraticabilidade disso: sou famoso. Estou em um avião. Pessoas estão entrando no avião. E estou olhando para uma mulher e a agarro e começo a beijá-la. Quais são as chances de isso acontecer?” perguntou Trump, relembrando as acusações de Stoynoff.

O ex-presidente continuou: “Não poderia ter acontecido. Não aconteceu. E ela não teria sido a escolhida. Ela não teria sido a escolhida. Ela anda por aí há anos contando essa história, onde quer que eu vá, ela conta história. E é uma mentira total. Agora, presumo que ela vai me processar por difamação como fui processado por E. Jean Caroll.”

Trump está recorrendo de um veredicto de maio de 2023 decorrente de seu suposto encontro com Carroll em meados da década de 1990 no camarim de uma loja de departamentos Bergdorf Goodman em Manhattan, e de uma postagem do Truth Social de outubro de 2022, onde ele chamou a afirmação de Carroll de farsa.

O júri concedeu à ex-colunista da revista Elle US$ 2,02 milhões e US$ 2,98 milhões por suas alegações de agressão sexual e difamação.

Um júri diferente ordenou, em janeiro, que Trump pagasse a Carroll 83,3 milhões de dólares por difamado e prejudicado a sua reputação em junho de 2019, depois de ela o ter acusado pela primeira vez de agressão.

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