O Instituto Água e Terra (IAT) publicou no Diário Oficial do Estado do Paraná, nesta segunda-feira (9), uma medida que suspendeu por 90 dias a queima controlada no campo, com o objetivo de amenizar a ocorrência de incêndios florestais na região.
De acordo com o instituto, a publicação, que também inclui a suspensão do método usado para a separação da cana-de-açúcar, prevê que as usinas de produção de açúcar e álcool são responsáveis por divulgar a proibição aos fornecedores de matéria-prima.
O governo afirma que o estado atingiu, nesta semana, o período de maior vulnerabilidade para queimadas ambientais, dada uma combinação de áreas onde não chove há um tempo considerável e a baixa umidade relativa do ar com as altas temperaturas atípicas para o período de inverno.
Para Ivonete Coelho, gerente de Licenciamento do IAT, a decisão de suspender a queima controlada foi tomada em razão de um momento climático “muito crítico”. “Um foco de fogo, nas condições atuais, pode se transformar em incêndio de grandes proporções”, afirmou a gerente.
Umidade do ar
Na última segunda-feira (6), inúmeras regiões do estado registraram umidade relativa do ar menor do que o parâmetro estabelecido como ideal para a saúde dos seres humanos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Conforme a organização, a umidade ideal deve variar entre 50 e 60%. No entanto, o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) apontou que as cidades de Londrina, Loanda, Altônia e Curitiba registraram porcentagem menores. Veja:
- Londrina: 18,1%
- Loanda: 19%
- Altônia: 20%
- Curitiba: 27%
Na última quarta-feira (4), o governador Carlos Massa Ratinho Junior decretou situação de emergência em razão da estiagem que atinge diversos municípios do Paraná desde o mês passado.
Segundo o Corpo de Bombeiros, mais de 10 mil focos de incêndio foram registrados no estado de janeiro a agosto deste ano. A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest) também segue finalizando uma resolução técnica para mitigar os efeitos da seca no Paraná.
*Sob supervisão de Bruno Laforé