Uma força-tarefa do Ministério Público com a Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga o assassinato do cabo eleitoral, Aparecido Oliveira de Moraes. Ele foi morto com dez tiros no dia 19 de julho, dentro de um carro, em Campos dos Goytacazes, no norte do estado.
Nesta quarta-feira (18), os agentes cumprem nove mandados de busca e apreensão em endereços ligados a seis pessoas apontadas no inquérito. Entre os alvos da operação está Bruno Fernando Santos de Azevedo (PP), conhecido como Bruno Pezão, um candidato a vereador apontado como líder da organização criminosa local. Ele foi preso na ação de hoje, segundo apurou a CNN.
De acordo dom o Ministério Público, com ele, já foram apreendidos mais de um milhão de reais entre cheques, notas promissórias e dinheiro em espécie. Só na casa do vereador Bruno Fernando Santos de Azevedo, foram apreendidos R$ 650 mil reais.
Segundo as investigações, o crime teria motivação política. Os policiais descobriram que vítima trabalhava como cabo eleitoral do candidato Diego Dias (PDT), que não teria apoio da facção criminosa que atua na cidade e é concorrente de Bruno Pezão.
De acordo com Ministério Público, na relação entre os investigados, houve um episódio em que o candidato a vereador realizou um comício eleitoral com a participação do líder do tráfico de drogas local. Os dois fizeram uma videochamada do interior de uma prisão com projeção da chamada em um telão para a comunidade assistir.
A ação de hoje conta com a apoio da Superintendência de Inteligência do Sistema Penitenciário (SISPEN/SEAP-RJ). Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal de Campos dos Goytacazes.
Os agentes cumprem o mandado na Câmara de Vereadores, no comitê de campanha do candidato a vereador, em Campos, na Penitenciária Jonas Lopes de Carvalho, conhecida como Bangu 4, e nos bairros Parque Tamandaré, São Sebastião, Centro, Novo Jóquei e Vivendas do Coqueiro, em Campos dos Goytacazes.
A CNN tenta contato com a equipe de Bruno Pezão para um posicionamento. O Partido Progressistas também foi procurado.