Um laboratório com intensa produção de maconha foi encontrado na cidade de Irecê, no norte da Bahia, nesta quarta-feira (18). De acordo com a Polícia Federal, os criminosos estavam produzindo “maconha gourmet”, com alto teor de THC, em escala industrial, com sementes especiais importadas, possivelmente, da Europa.
Este é o segundo laboratório da droga, encontrado na região, em menos de uma semana. Na última segunda (16), a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) e as Polícias Federal e Militar (CIPEs Caatinga e Semiárido) desarticularam uma outra grande plantação que contava com com sistema de irrigação, estufa e forno.
A PF afirma também que, para produzir esse entorpecente diferenciado, além da irrigação motorizada, foi necessário desenvolver uma estrutura para manejo e secagem da droga em um grande pavilhão de alvenaria climatizado.
No local era produzido ainda o entorpecente haxixe, que é um óleo rico em THC, que é extraído dos brotos e da flor de determinados tipos de maconha desenvolvida especialmente para esse fim.
A organização criminosa utilizava toda a cadeia produtiva, desde as plantações até a distribuição final.
Considerando a tecnologia empregada, estima-se a possibilidade de produzir até oito toneladas do entorpecente por hectare, com três a quatro safras por ano no mesmo local.
Pela estrutura encontrada, a polícia constatou o alto poder financeiro da organização criminosa que atua na região de Irecê, há pelo menos dois anos, e abastece diversas facções da Bahia e de outros estados brasileiros. O grupo segue sendo investigado e os responsáveis também estão sendo procurados.