“Primavera deve ter extremos de temperatura”, diz especialista em meteorologia à CNN

CNN Brasil


A primavera de 2024 começa domingo (22) e promete ser marcada por extremos de temperatura e tempo seco em boa parte do Brasil, segundo Maria Clara Sassaki, especialista em meteorologia e porta-voz da Tempo Ok.

Em entrevista à CNN, Sassaki destacou que a nova estação deve apresentar temperaturas acima da média.

“O destaque mesmo é realmente a temperatura. A gente tem uma tendência de temperaturas bem acima da média, bem acima do normal aí para os próximos meses, principalmente na primeira metade da primavera”, afirmou a meteorologista.

Sassaki acrescentou ainda que é possível que ocorram recordes de temperatura do ano nos próximos meses devido a esses extremos.

Características da estação de transição

A primavera carrega características de transição de estação entre o inverno seco e frio e o verão úmido.

Portanto, é comum que o clima sofra variações dos dois cenários. Isso significa que, além das altas temperaturas, também podem acontecer pancadas de chuva típicas do fim de tarde e, ocasionalmente, ondas de frio no início da estação.

“A gente sai do inverno que é seco, uma estação mais fria, e caminha para o verão que é uma estação mais úmida. E nessas estações de transição, primavera e outono, sempre carregam características tanto da estação anterior quanto da próxima”, esclareceu a especialista.

Previsão de chuvas

Um estudo alarmante realizado pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL) aponta que a estiagem prevista para 2024 pode ser a mais severa já registrada no Brasil.

No entanto, Sassaki prevê que as chuvas possam voltar de forma mais consistente apenas na segunda metade da primavera.

“As primeiras pancadas vão ser muito isoladas, portanto, não ajudam a reverter essa condição de seca extrema, de solo muito seco, de umidade relativa do ar muito baixo agora neste início de estação”, alertou a especialista.

Por fim, a especialista em meteorologia indicou que as chuvas mais abrangentes e generalizadas devem se estabelecer apenas no final do ano, já próximo ao verão.

“É só quando estivermos mais perto do verão, mesmo lá pro final do ano, que aí sim a gente deve ter uma condição de chuvas um pouco mais abrangentes, mais generalizadas”, concluiu.

Confira a entrevista na íntegra:

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