Brasil e China tentam retomar proposta de paz para guerra na Ucrânia


O Brasil tenta retomar, junto com a China, conversas em torno da proposta de paz para a guerra entre Ucrânia e Rússia em uma reunião com 20 países do Sul Global em Nova York, na próxima sexta-feira (27).

O encontro, a ser coordenado pelo assessor especial da Presidência, embaixador Celso Amorim, pretende levar a esses países a proposta de seis pontos para a paz, apresentada em maio por Brasil e China, mas que não teve avanços desde então.

“A intenção é ouvir o que esses países podem trazer, criar uma massa crítica e revisar esses pontos”, disse uma fonte. “Muitos países querem ouvir, inclusive europeus.”

A reunião, no entanto, está reservada para países do Sul Global, e deixa, dessa vez, os europeus, na sua maioria engajados no apoio à Ucrânia, de fora.

Entre os convidados estão países como África do Sul, Egito, Indonésia e Arábia Saudita, que de alguma forma já entraram em negociações sobre o conflito, e outros como Emirados Árabes Unidos, Vietnã, Etiópia, Nigéria, Colômbia, México, Malásia, Argélia, e Quênia.

Na semana passada, em conversa por telefone com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente russo, Vladimir Putin, levantou mais uma vez a possibilidade de intermediação de Brasil e China, assim como havia feito semanas antes em um discurso no Fórum Econômico Oriental, em Vladivostok, na Rússia. Na ocasião, Putin afirmou que os dois países, assim como a Índia, poderiam ser mediadores.

O plano dos seis pontos que será discutido em Nova York previa o início de negociações direta de cessar-fogo entre Ucrânia e Rússia, a partir de princípios que incluíam não expandir os campos de batalha, não aumentar os combates e não inflamar a situação.

Propunha, ainda, uma conferência internacional de paz que fosse apoiada pelos dois lados. Pedia, ainda, o aumento da assistência humanitária e pedia o fim do ataque a civis e a infraestrutura essencial nos dois países.

O texto foi divulgado depois de uma visita de Celso Amorim a China, mas foi rejeitado pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.



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