A capital de Mato Grosso, Cuiabá, já está a 160 dias sem chuvas e a estiagem severa fez com que nascentes em áreas de preservação secassem. De acordo com a geóloga Chauanne da Cunha, das 316 nascentes monitoradas, 80% são intermitentes (que podem secar naturalmente), porém por causa do tempo seco muitas já deveriam ter retomado o fluxo de água, mas continuam secas.
Além dessas nascentes que ficam em locais de preservação, o nível da lagoa presente no Parque das Águas atingiu a marcação mínima, já que a sua nascente também secou. No local, caminhões pipas fazem o abastecimento.
“A falta de água nas nascentes de Cuiabá está intensificando os efeitos da onda de calor. Com as temperaturas elevadas, as pessoas buscam se refrescar em locais públicos, mas a falta d’água nesses locais impacta a vida das pessoas”, destaca o diretor geral de Limpeza Urbana, João Carlos Haer.
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De acordo com o pesquisador, Ibraim Fantim, da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), essa escassez de água nas nascentes se deve a pouca quantidade de chuva que não abasteceram corretamente os mananciais subterrâneos que sentem esses efeitos.
“Quando acontece esse rebaixamento, a situação fica mais perceptível nas nascentes, nos pequenos e grandes rios, que se tornam intermitentes”, contou.
Chuvas estão chegando
Nessa segunda-feira (23), a climatologista da agência Climatempo, Josélia Pergorim, fez alerta sobre as mudanças de temperatura, durante a primavera. Segundo, ela a temporada será de muito calor e pouca chuva, porém, os choque entre as massas pode provocar tempestades.
A meteorologista Ana Paula Paes também fez um alerta para tempestades e recomendou o cuidado com equipamentos elétricos.
A chuva ainda não chegou a Cuiabá, mas já foi registrada em 11 municípios diferentes na última semana.
Inclusive, algumas cidades ao norte de Mato Grosso já enfrentaram fortes ventos que atingiram 100 km por hora. Em menos de uma semana mais de 160 postes foram derrubados no estado por conta da força dos ventos, segundo a concessionária de energia.