As Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmam que estão atacando edifícios em Beirute, Líbano, que supostamente são utilizados pelo Hezbollah como centros de comando e locais de produção e armazenamento de armas.
“Com base em informações precisas da IDF, a Força Aérea de Israel (IAF) está realizando ataques em alvos estratégicos pertencentes à organização terrorista Hezbollah na área de Beirute. Entre os alvos atacados estão instalações de produção de armas, edifícios utilizados para armazenar armas avançadas e centros de comando importantes da organização terrorista”, disse a IDF em um comunicado.
A declaração foi feita horas após o início dos ataques em edifícios no bairro Dahiyeh, no sul de Beirute.
O Hezbollah negou que suas armas estejam sendo armazenadas em edifícios civis que foram alvo dos ataques israelenses.
Entenda o conflito entre Israel e Hezbollah
Israel tem lançado uma série de ataques aéreos em regiões do Líbano nos últimos dias. Na segunda-feira (23), o país teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais. Segundo os militares israelenses, os alvos são integrantes e infraestrutura bélica do Hezbollah, uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio e que é apoiada pelo Irã.
A ofensiva atingiu diversos pontos no Líbano, incluindo a capital do país, Beirute. Milhares de pessoas buscaram refúgio em abrigos e deixaram cidades do sul do país.
Além disso, uma incursão terrestre não foi descartada.
O Hezbollah e Israel começaram a trocar ataques após o início da guerra na Faixa de Gaza. O grupo libanês é aliado do Hamas, que invadiu o território israelense em 7 de outubro de 2023, matando centenas de pessoas e capturando reféns.
Devido aos bombardeios, milhares de moradores do norte de Israel, onde fica a fronteira com o Líbano, tiveram que ser deslocados. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu diversas vezes fazer com que esses cidadãos retornem para suas casas.
No dia 17 de setembro, Israel adicionou o retorno desses moradores como um objetivo oficial de guerra.
Um adolescente brasileiro de 15 anos morreu após um ataque aéreo israelense. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades. O governo brasileiro também avalia uma possível missão de resgate.