Ataques de Israel no Líbano mataram 95 pessoas nas últimas 24 horas, diz ministério


Ao menos 95 pessoas foram mortas em ataques israelenses no Líbano nas últimas 24 horas, de acordo com o Ministério da Saúde libanês. Outras 172 ficaram feridas, segundo a pasta.

Ataques aéreos atingiram áreas dentro dos limites de Beirute na manhã desta segunda-feira (30), a primeira vez que isso acontece desde que a guerra entre Israel e Hamas começou, em 7 de outubro de 2023.

Até agora, os ataques aéreos de Israel em Beirute se concentraram na parte sul da cidade, os bairros densamente povoados e predominantemente xiitas onde o Hezbollah tem forte presença.

Entenda a guerra entre Israel e Hezbollah

Israel tem lançado uma série de ataques aéreos em regiões do Líbano. No dia 23 de setembro, o país teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.

Segundo os militares israelenses, os alvos são integrantes e infraestrutura bélica do Hezbollah, uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio e que é apoiada pelo Irã.

A ofensiva atingiu diversos pontos no Líbano, incluindo a capital do país, Beirute. Milhares de pessoas buscaram refúgio em abrigos e deixaram cidades do sul do país.

Além disso, uma incursão terrestre não foi descartada.

O chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, foi morto em um ataque aéreo israelense em Beirute, conforme confirmado pelo próprio grupo.

Hezbollah e Israel começaram a trocar ataques após o início da guerra na Faixa de Gaza. O grupo libanês é aliado do Hamas, que invadiu o território israelense em 7 de outubro de 2023, matando centenas de pessoas e capturando reféns.

Devido aos bombardeios, milhares de moradores do norte de Israel, onde fica a fronteira com o Líbano, tiveram que ser deslocados. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu diversas vezes fazer com que esses cidadãos retornem para suas casas.

No dia 17 de setembro, Israel adicionou o retorno desses moradores como um objetivo oficial de guerra.

Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades. O governo brasileiro também avalia uma possível missão de resgate.



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