O analista de internacional Lourival Sant’Anna avaliou durante o CNN Prime Time que Israel tem plenas condições de calibrar seu ataque contra o Irã como desejar, contando com o apoio dos Estados Unidos.
Segundo Sant’Anna, a posição americana é inevitável em um conflito entre Israel e Irã, especialmente às vésperas de uma eleição nos EUA.
O especialista destacou que a dimensão e a intenção do ataque israelense serão determinantes para o desenrolar do conflito.
“Israel tem plenas condições de calibrar o seu ataque da forma como quiser e tem o apoio dos Estados Unidos, ainda que relutante, mas inevitável em se tratando de um conflito entre Irã e Israel, ainda mais às vésperas de eleição nos Estados Unidos”, afirmou Sant’Anna.
Escalada de tensões entre Israel e Irã
O analista traçou uma linha do tempo das provocações mútuas entre os dois países, citando o ataque de 7 de outubro do Hamas contra Israel, que é patrocinado pelo Irã, seguido por ações israelenses como o ataque ao consulado iraniano em Damasco e o assassinato de um líder do Hamas em Teerã.
Sant’Anna observou que a retaliação iraniana em abril pareceu “telegrafada”, sem intenção real de causar muitos danos.
No entanto, o recente ataque do Irã a Israel foi percebido como uma tentativa mais séria de penetrar as defesas israelenses, embora não tenha causado danos significativos, segundo informações de Israel.
O papel de Netanyahu na crise
O especialista ressaltou que o próximo movimento depende das intenções do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
“A bola está na quadra de Netanyahu. O que ele quer fazer? Ele quer escalar? Ele quer ir para uma guerra com o Irã para ter um apoio incondicional dos Estados Unidos, prolongar o conflito e se manter no poder? Ou ele prefere dar apenas mais um recado ao Irã, como ele fez ao atacar Isfahan em abril?”, questionou Sant’Anna.
A análise de Lourival Sant’Anna sugere que a situação permanece tensa e imprevisível, com potencial para escalada ou para uma resposta mais contida por parte de Israel, dependendo das decisões estratégicas de Netanyahu e do apoio americano no contexto geopolítico atual.