As forças israelenses destruíram até agora mais de 2 mil alvos do Hezbollah no Líbano — incluindo armas, edifícios militares e infraestruturas subterrâneas — de acordo com o porta-voz das forças armadas de Israel, o contra-almirante Daniel Hagari.
Hagari disse que o Hezbollah havia “investido muitos esforços e recursos para localizar seus meios militares no subsolo e dentro de edifícios civis em vilas adjacentes à fronteira. Agora, estamos operando ferozmente para desmantelá-los.”
Ele acrescentou que alguns integrantes do Hezbollah foram mortos em combate corpo a corpo e afirmou que cerca de 440 combatentes do grupo foram mortos em combate terrestre ou aéreo, incluindo cerca de 30 integrantes de várias patentes.
Hagari afirmou que a cadeia de comando do Hezbollah foi “severamente atingida… (e) isso é doloroso para a liderança iraniana.”
A extensa campanha de bombardeios de Israel no Líbano teve como alguns alvos áreas densamente povoadas, deixando mais de 1.400 mortos e mais de 1 milhão de desabrigados, de acordo com o Ministério da Saúde libanês.
Ataque do Irã
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O Irã realizou um ataque com mísseis contra Israel nesta terça-feira (1°). • 01/10/2024 REUTERS/Amir Cohen
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O exército israelense anunciou que mísseis foram disparados do Irã em direção a Israel e sirenes foram ouvidas em todo o país, especialmente em Tel Aviv. • Anadolu via Reuters Connect
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Pessoas se protegem no acostamento de uma estrada em Tel Aviv, durante um alerta de mísseis lançados do Irã • Ilia Yefimovich/Getty Images
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Ação seria uma resposta ao assassinato do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e outros. • Ilia Yefimovich/Getty Images
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Os EUA disseram acreditar que um ataque com mísseis balísticos contra Israel era iminente após Israel lançar uma operação terrestre limitada no sul do Líbano. • Nir Keidar/Anadolu via Getty Images
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Uma pessoa mostra o aplicativo de alerta de foguete Tzofar em seu telefone em 1º de outubro de 2024 em Tel Aviv, Israel. • Leon Neal/Getty Images
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O exército israelense estimou que o Irã disparou 180 “projéteis”, mas enfatizou que não era a contagem final. • Reuters
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O exército da Jordânia disse em uma declaração que “centenas de mísseis iranianos foram lançados em direção a Israel”, citando uma fonte militar em seu comando geral das forças armadas • Reuters
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Alguns mísseis iranianos causaram impacto direto no centro e sul de Israel, disse um porta-voz militar israelense. • Reuters
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Alguns mísseis iranianos causaram impacto direto no centro e sul de Israel, disse um porta-voz militar israelense. Os destroços caíram em áreas residenciais como em Beit Al, perto da cidade de Ramallah, na Cisjordânia. • Issam Rimawi/Anadolu via Getty Images
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Palestinos inspecionaram os destroços de um míssil disparado do Irã para Israel, após ele cair em uma área na cidade de Dura, província de Hebron, na Cisjordânia. • Foto de Mamoun Wazwaz/Anadolu via Getty Images
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O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, disse que o ataque com mísseis contra Israel foi em defesa dos interesses e dos cidadãos do Irã. • Ashraf Amra/Anadolu via Getty Images
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Hagari também confirmou que durante os ataques de mísseis balísticos iranianos contra Israel na terça-feira (1º), houve “vários ataques no centro de Israel, em áreas civis”, bem como em bases aéreas em Nevatim e Tel Nof.
Os ataques não atingiram aviões e não prejudicaram as operações da força aérea, afirmou Hagari.
“A maneira como responderemos a este ataque criminoso será da maneira, local e hora que decidirmos”, de acordo com a direção da liderança política do país, ele disse.
Sul do Líbano
As Forças de Defesa de Israel (IDF) disseram neste sábado (5) que os integrantes do serviço na Brigada de Paraquedistas “continuam a lutar no sul do Líbano, navegando em terrenos complexos, montanhosos e densos”.
A IDF também divulgou detalhes de túneis que disse ter descoberto no sul do Líbano. As tropas destruíram “250 metros de infraestrutura terrorista subterrânea no sul do Líbano”, afirmou.
Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio
O ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares.
São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.
Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos.
O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.
As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas. No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim do conflito. Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.
Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino.
Já na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.
O líder do Hamas, Yahya Sinwar, segue escondido em túneis na Faixa de Gaza, onde também estariam em cativeiro dezenas de israelenses sequestrados pelo Hamas.