Netanyahu diz que Israel enfrenta uma guerra em 7 frentes

CNN Brasil


O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu diz que quase um ano após os ataques do Hamas em 7 de outubro contra Israel, seu país está agora lutando em sete frentes.

“Hoje, Israel está se defendendo em sete frentes contra os inimigos da civilização”, disse ele em um vídeo no sábado (5).

Ele disse que esses incluem o Hezbollah apoiado pelo Irã no norte, o Hamas em Gaza, os houthis no Iêmen, “terroristas” na Cisjordânia e as milícias xiitas no Iraque e na Síria.

“E estamos lutando contra o Irã, que na semana passada disparou mais de 200 mísseis balísticos diretamente em Israel e está por trás dessa guerra de sete frentes contra Israel”, disse Netanayhu.

Ele disse que está mantendo sua promessa de mudar o equilíbrio de poder no norte entre Israel e Líbano, onde o Hezbollah apoiado pelo Irã vem atacando Israel desde o ano passado.

Referindo-se a Gaza, ele disse que Israel tem o direito de se defender e que não vai esquecer os 101 reféns “a quem estamos comprometidos com todas as nossas forças para trazê-los para casa.”

“Fique tranquilo, Israel lutará até que a batalha seja vencida – por nosso bem e pelo bem da paz e segurança no mundo”, acrescentou Netanyahu.

Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio

O ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares.

São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.

Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos.

O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.

As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas. No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.

Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim do conflito. Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.

Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino.

Já na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.

O líder do Hamas, Yahya Sinwar, segue escondido em túneis na Faixa de Gaza, onde também estariam em cativeiro dezenas de israelenses sequestrados pelo Hamas.



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