Conversas sobre o agro

Safra de 2024 deve registrar 4,7 milhões de toneladas a menos no país, segundo dados da Conab e IBGE. (Foto: Reprodução)


Uma das conversas sobre o agro no estado é aquela que discute se vai ou não ter quebra de safra pela menor quantidade de chuva neste ano. Uns acreditam que poderia chegar até a 20% menos do que foi no ano anterior. Outros, no lado oposto, falam que vai ter safra recorde. Exageros à parte existe mesmo uma expectativa sobre a safra de 2024.

Safra de 2024 deve registrar 4,7 milhões de toneladas a menos no país, segundo dados da Conab e IBGE. (Foto: Reprodução)

Outro tema é o desmatamento. Cada momento tem um dado novo. Carlos Fávaro falando em zerar o desmatamento até 2030. Presidente da Aprosoja se posicionou contra a fala e que não se pode fazer esse tipo de comprometimento, pois atrapalharia a abertura de novos mercados.

Conseguiu-se ainda junto à União Europeia que, ao invés de 30 de dezembro, protelar por mais um ano aquela ameaça de não comprar produtos em áreas desmatadas, legal ou não, desde 2020.

Tem-se agora um ano para dialogar, encontrar alternativas para esse assunto. Deveria ter uma união mais forte dos Ministérios da Agricultura e Exterior, da Aprosoja de MT, governo do estado. Mãos dadas e olhar numa mesma direção na busca dos interesses do agro, base maior da economia do estado. Será que vão trabalhar em conjunto ou continua cada um no seu canto? Quem perde é o coletivo.

Fazendo parte desse assunto se teve o discurso do Lula na ONU onde enfatizou a questão do meio ambiente. Tema que o Brasil é pauta constante.

Mais assunto do campo. O Ibama deu multa de 100 milhões de reais num dono de fazenda em Corumbá que, ao atear fogo em sua propriedade, acabou espalhando para mais de 330 mil hectares ao redor. Será que vai pagar?

Um caso em Mato Grosso mostra outra direção. Um fazendeiro de Paranatinga recebeu, cinco anos atrás, uma multa de cinco milhões de reais. Vem, através de advogados, protelando esse pagamento até hoje. Coisas do Brasil real.

Sem punição severa, sem subterfúgios, a coisa não vai melhorar. O dia que alguém tiver mesmo que pagar pelo fogo que botou e espalhou por milhares de hectares até pode ser que se crie um clima de medo e possa diminuir esses casos de incêndio provocados.

Falar que incêndio aconteceu por causa de raio é até esquisito num estado em que a chuva nem chegou ainda. O produtor rural hoje, em sua grande maioria, também não bota mais fogo para queimar matos secos para ter limpeza naquela área. Isso é coisa do passado.

Hoje a tecnologia, máquinas, recursos financeiros próprios, ajudam nisso. Um produtor rural não precisa por fogo em sua área para economizar trabalho ou dinheiro. E derruba também outra tese de que a cinza de uma queimada ajuda a fertilizar o solo para a próxima safra. Não existe mais isso, mostra a ciência.

A verdade é que cada momento novo aparecem alternativas para o agronegócio. É a velha tese de resposta ao desafio. Que, para muitos, foi a base para o desenvolvimento da humanidade. A questão climática é um novo desafio que merece respostas inteligentes e plausíveis.





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