Mergulhador cortava redes para quadrilha furtar tilápias em MS


O furto de toneladas de tilápias de uma empresa de aquacultura da cidade de Selvíria – cidade a 390 quilômetros de Campo Grande – foi alvo de operação conjunta entre Polícia Civil e PMA (Polícia Militar Ambiental) nesta quinta-feira (10).

O esquema contava até com mergulhador profissional para liberar os peixes das redes da empresa.

Peixes furtados pelos criminosos foram apreendidos (Foto: PCMS)

A investigação começou no dia 4 de outubro, quando a polícia da cidade foi avisada sobre o furto de toneladas de peixe, um prejuízo de R$ 1,5 milhão.

A aquacultura consiste na criação de peixes dentro dos rios, para impedir que eles escapem, redes são instaladas para limitar o espaço. Depois do dia 4 de outubro, foi descoberto que para conseguir tirar as tilápias da empresa, os criminosos contrataram um mergulhador profissional, que entrava no rio, nadava até as redes e as cortava.

Os peixes seguiam o fluxo do rio e alguns quilômetros depois eram capturados por redes armadas pelos integrantes do grupo.

Durante as apurações, o setor de inteligência da Delegacia de Selvíria recebeu informações de que os peixes eram vendidos no bairro Jupiá, em Três Lagoas.

Mandados de busca e apreensão para o endereço foram solicitados a justiça. Assim que foram aceitos, a polícia montou a operação “Peixe Fácil”, que contou com equipes da Polícia Civil de Três Lagoas, Selvíria e da Polícia Militar Ambiental.

Análise comprovou que os peixes pertenciam a empresa (Foto: PCMS)

Nessa quinta-feira (10) as equipes foram ao local e apreenderam 400 espécies de tilápia, um total de 350 quilos, que a análise técnica confirmou ser da empresa.

Além disso, os policiais encontraram outros peixes de pesca proibida, como o dourado, por isso o dono do local foi autuado pela Polícia Militar Ambiental.

Os envolvidos no furto foram levados para a delegacia, prestaram depoimento e depois foram liberados. Os celulares deles também foram apreendidos e devem ajudar nas investigações.

Segundo a polícia, o prejuízo causado pelo grupo a empresa em um ano é de R$ 5 milhões.





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