Um motorista de 38 anos foi preso em flagrante, nessa sexta-feira (11), em Sorriso, a 420 km de Cuiabá, pelos crimes de injúria racial e racismo, praticados contra uma jovem de 19 anos, que trabalha na mesma empresa que ele.
Os atos racistas ocorreram em duas ocasiões distintas, nos dias 3 e 11 deste mês. Após ser atendido pela colega que trabalha no setor de recursos humanos de um frigorífico, o suspeito rasgou os papeis que ela havia entregue e passou a mandar áudio para outro trabalhador da empresa com as ofensas racistas sobre a funcionária.
Em um dos áudios, o suspeito diz: “colocaram uma negra suja lá. Eu tenho pavor de preto; vocês são acostumados a mentir para os maranhenses, paraenses e para a negada suja que vem lá de não sei onde; não quero essa negrada suja aí. Não gosto de negro, sou racista”.
Além de ofender a honra da vítima, o motorista ainda incitou ódio genérico em razão de raça, por isso foi autuado em pelos crimes de injúria racial e racismo.
Além das expressões de ódio racial, o motorista, que foi demitido, ainda fez ofensas de natureza racial sexual: “Negra para mim tem que ser bonita, negras assim, de cabelo atadinho e sem dentes, eu tenho até nojo, eu vomito”.
A vítima procurou a Polícia Civil, acompanhada pelo advogado da empresa, e relatou que motorista foi ao frigorífico para fazer a rescisão trabalhista que estava agendada e foi atendido por ela. Ao sair da empresa, o ex-funcionário passou a enviar ofensas racistas sobre a funcionária por meio de mensagens de áudio.
Após a denúncia dos fatos, foram realizadas diligências na casa do motorista, que foi preso em flagrante. Posteriormente, o Poder Judiciário determinou a conversão do flagrante em prisão preventiva.
Outras ofensas
No dia 3 deste mês, o mesmo motorista ofendeu outros funcionários do frigorífico onde trabalhava. O supervisor de segurança da empresa relatou que o suspeito estava alterado, falando alto e ofendendo funcionários do setor da logística da empresa, dizendo que eram incompetentes.
O ex-funcionário ainda tentou agredir os funcionários no local, além de tentar entrar à força na sala do setor. Bravo, ele arremessou seu celular no chão. Pela intransigência em dialogar, o supervisor o orientou que retornasse no dia seguinte à empresa.
Enquanto o suspeito estava na empresa, confessou ser racista, se referindo as mulheres que trabalham no frigorífico como negras sujas e cabelo de bombril.
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