Uma câmera de segurança registrou o momento em que um foguete atingiu uma cidade no norte de Israel nesta segunda-feira (14), após lançamentos a partir do Líbano.
O vídeo mostra a rua e o momento em que o local foi atingido, gerando nuvens de fumaça, fogo e destroços.
Veja o momento:
Outros vídeos distribuídos pelos serviços de bombeiros e resgate de Israel mostraram um carro queimado no local. Médicos atenderam uma mulher levemente ferida e diversos pacientes ansiosos, segundo o serviço de ambulâncias de Israel, MDA.
Uma declaração do Exército israelense sobre o incidente afirmou que aproximadamente 15 projéteis, com origem do Líbano, foram identificados.
Israel ampliou seus alvos na guerra contra o Hezbollah, grupo apoiado pelo Irã, no Líbano, nesta segunda, deixando pelo menos 19 mortos em ataque contra a cidade de maioria cristã de Aitou, no norte, de acordo com a Cruz Vermelha Libanesa.
Enquanto isso, aproximadamente 90 projéteis foram disparados pelo Hezbollah contra Israel nesta segunda, conforme comunicado de um porta-voz do Exército de Israel.
Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio
O ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º de outubro marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares.
São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.
Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos.
O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.
As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas.
No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades.
Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.
Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino.
Já na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.
O líder do Hamas, Yahya Sinwar, segue escondido em túneis na Faixa de Gaza, onde também estariam em cativeiro dezenas de israelenses sequestrados pelo Hamas.