Um novo estudo revelou que pessoas que consomem menos cafeína podem correr maior risco de terem Alzheimer. Segundo a revista cientifica “Alzheimer’s & Dementia”, que publicou uma pesquisa recente, o consumo do cafezinho tão amado pelos brasileiros diminuiu o risco do CCL (Comprometimento Cognitivo Leve) e impede que se desenvolva a doença neurodegenerativa progressiva que afeta adultos com idades mais avançadas.
Os responsáveis pela pesquisa observaram durante cinco anos, em 263 pacientes com idade acima dos 70 anos, a ingestão de alimentos com cafeína. Os pacientes apresentavam comprometimento cognitivo leve ou Alzheimer, e fizeram exames de LCR (líquido cefalorraquidiano), ressonância magnética além de amostras de sangue.
Os pesquisadores testaram nos pacientes, o consumo de 200 miligramas de cafeína por dia, considerada de baixo consumo, o que equivale a duas xícaras de café. Os autores do estudo constataram que aqueles que beberam menos cafeína tinham quase 2,5 vezes mais probabilidade de serem diagnosticados com perda de memória, Alzheimer ou com CCL, comparando com os pacientes que consumiram muita cafeína.
Consumo do café no Brasil
Segundo a ABIC (Associação Brasileira da Indústria de Café) o Brasil é o segundo maior consumidor de café do mundo. A primeira posição é ocupada pelos Estados Unidos da América. A cafeína está presente além do café, em chás, cacau e bebidas energéticas. Utilizado para despertar as pessoas e reduzir o sono, estimula o sistema nervoso central.
A associação mostra que a região Sudeste é a que mais consome café no Brasil, com 41,8% do total nacional. A região Nordeste consome 26,9% e a região Sul com 14,7%. Por fim região Norte com 8,6% e a região, Centro-Oeste fecha a lista com 8,0%.
Alzheimer
Segundo o Ministério da Saúde, a Doença de Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória. O quadro aparece quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso apresenta falhas. A consequência é a perda progressiva de neurônios em certas regiões do cérebro, como o hipocampo, que controla a memória, e o córtex cerebral, essencial para a linguagem e o raciocínio.
A causa é desconhecida, mas acredita-se que seja por genética. A Doença de Alzheimer é a mais comum de demência em pessoas de idade, sendo responsável por mais da metade dos casos de demência nessa população.
Entre os principais sinais e sintomas do Alzheimer estão:
- Falta de memória para acontecimentos recentes;
- Repetição da mesma pergunta várias vezes;
- Dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos;
- Dificuldade para dirigir automóvel e encontrar caminhos conhecidos;
- Irritabilidade, suspeição injustificada, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos, tendência ao isolamento.