Morte de Yahya Sinwar, líder máximo do Hamas, é destaque na imprensa internacional


A imprensa internacional repercutiu nesta quinta-feira (17) o assassinato de Yahya Sinwar, líder máximo do Hamas, que foi confirmado pelas Forças de Defesa de Israel (FDI). Veja na galeria acima.

Segundo o Exército, a morte aconteceu na quarta-feira (16) durante operação israelense em Gaza. Sinwar também foi um dos mentores do ataque de 7 de outubro, segundo Israel.

A notícia foi manchete no The New York Times: “Líder do Hamas está morto”. O Wall Street Journal, por sua vez, classificou a morte como “um grande golpe ao grupo e um dos principais objetivos de Israel”.

O ABC News acrescentou que Sinwar serviu como líder do Hamas em Gaza desde 2017 e assumiu a liderança do gabinete político do grupo após o assassinato de Ismail Haniyeh, em julho, no Irã.

Israel vai “perseguir e eliminar” seus inimigos

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou que o país vai “perseguir e eliminar” seus inimigos. A declaração aconteceu enquanto os militares israelenses analisavam se Sinwar havia sido morto.

“Nossos inimigos não podem se esconder. Nós os perseguiremos e eliminaremos”, escreveu Gallant.

Quem é Yahya Sinwar?

Figura de longa data no Hamas, Yahya Sinwar nasceu em 1962 em um campo de refugiados em Khan Younis, no sul de Gaza.

Ele foi responsável pela construção do braço militar do grupo antes de formar novos laços importantes com as potências árabes regionais como líder civil e político.

Sinwar foi eleito para o principal órgão de decisão do Hamas, o Politburo, em 2017, como líder político do Hamas em Gaza.

No entanto, desde então tornou-se o líder de fato do Politburo, de acordo com uma pesquisa do Conselho Europeu de Relações Exteriores (ECFR, na sigla em inglês).

Ele foi designado terrorista global pelo Departamento de Estado dos EUA desde 2015 e foi sancionado pelo Reino Unido e pela França.

Saiba mais sobre quem foi Yahya Sinwar através desta matéria.

Entenda o conflito na Faixa de Gaza

Israel realiza intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde o ano passado, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo radical mantém dezenas de reféns.

O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza. Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.

A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.

Após cerca de um ano do conflito, a população israelense saiu às ruas em protestos contra Netanyahu, acusando o premiê de falhar em fazer um acordo de cessar-fogo para os reféns sejam libertados.

Quem é Ismail Haniyeh, líder político do Hamas morto no Irã

*com informações da CNN e da Reuters



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