Polícia encerra primeira fase de investigação sobre erros em testes de HIV no RJ


A Polícia Civil do Rio de Janeiro encerrou a primeira fase da investigação contra o PCS Lab Saleme, responsável por cometer erros em testes de HIV que resultaram na infecção de pacientes com o vírus.

O laboratório é investigado por emitir resultados errados de exames que causaram a infecção de seis pacientes, após transplantes de órgãos no estado.

Segundo as investigações, dois doadores teriam feito exames de sangue no laboratório PCS Saleme, localizado em Nova Iguaçu, e foram considerados negativos pelos resultados dos laudos. Mas, na verdade, os doadores carregavam o vírus.

Por causa dos resultados equivocados, ao menos seis pacientes foram infectados.

Ao todo, quatro mandados de prisão foram cumpridos contra suspeitos envolvidos na falha dos procedimentos, encerrando assim a primeira fase das investigações.

Entre os presos estão o sócio do laboratório PCS Lab Saleme Walter Vieira, além de três funcionários investigados no caso: o técnico de laboratório Cleber de Oliveira Santos, Ivanilson Fernandes dos Santos e Jacqueline Iris Bacellar de Assis.

Jacqueline Bacellar assinou um dos laudos errados em maio deste ano. A CNN apurou que o número do registro no Conselho Regional de Biomedicina utilizado na assinatura pertence a outra profissional e está inativo desde junho de 2023. A funcionária se entregou a polícia na última terça-feira (15).

Segundo as autoridades, agora é iniciada a segunda etapa da Operação Verum, que visa analisar documentos e dados obtidos a partir do cumprimento dos mandados de busca e apreensão buscando dar continuidade nas investigações e punir perante a Justiça os responsáveis envolvidos.

Além da Polícia Civil, o Ministério Público do Rio de Janeiro e a Polícia Federal investigam o caso.

Falha operacional buscando lucro

Segundo a Polícia Civil, os casos de infecção dos pacientes com HIV após receberem os órgãos transplantados foram causados por falha operacional, com objetivo de obter lucro.

O contrato firmado entre o laboratório investigado e a Fundação Saúde do RJ, em dezembro de 2023, tinha vencimento previsto já para o fim deste ano, com duração apenas de 12 meses em um valor final acordado em R$ 11.479.459,07.

Entre as exigências do acordo estava a necessidade de que a Patologia Clinica Doutor Saleme Ltda realizasse análises clínicas e de anatomia patológica.

De acordo com o Conselho Regional de Farmácia do estado do Rio (CRF-RJ), que se manifestou posteriormente sobre o caso, o laboratório PCS Lab Saleme não tem registro junto ao conselho. Conforme a entidade, o laboratório não tinha farmacêuticos registrados no conselho.



Fonte do Texto

VEJA MAIS

Mais de 450 profissionais de segurança atuarão no 2º turno das eleições em MT

Dia 27 de outubro será realizado o 2º turno das eleições em Cuiabá, quando a…

Aeroporto na Nova Zelândia cria limite de tempo para abraços

O Aeroporto de Dunedin na Nova Zelândia gerou debate em todo o mundo com sua…

Polícia prende dupla por contrabando de carga milionária de celulares no Paraná

A Polícia Federal prendeu, nesta sexta-feira (18), dois homens em Foz do Iguaçu, no Paraná,…