Bebê retirada do próprio velório não tinha sinais vitais, afirma MP


O caso da bebê retirada do próprio velório em Santa Catarina teve mais um desdobramento. De acordo com o Ministério Público catarinense, um laudo cadavérico feito na bebê de 8 meses mostrou que ela estava morta e não apresentava sinais vitais enquanto estava sendo velada.

Atendimento dos bombeiros a bebê que foi retirada do próprio velório em SC. (Foto: Reprodução/Redes sociais)

O documento ainda aponta diversas razões para explicar os batimentos e a temperatura corporal da menina no momento da cerimônia, conforme informou o Ministério Público. O laudo feito a pedido do MP é sigiloso por envolver menor de idade, por isso o conteúdo não foi divulgado.

A informação foi divulgada pelo g1 de Santa Catarina.

A bebê foi retirada da cerimônia, realizada em Correia Pinto, SC, após familiares relatarem que a criança estava com batimentos cardíacos e temperatura corporal normal.

A funerária que fez a cerimônia reafirmou que a bebê havia mexido a mão durante o velório. O Corpo de Bombeiros foi acionado e afirmou que a menina tinha batimentos fracos. Os bombeiros realizaram, em seguida, um teste nas pernas da bebê, que não apresentavam rigidez.

No entanto, ela tinha pupilas contraídas e não reativas — quando não respondem à luz, sugerindo a morte da paciente — e edemas no pescoço (inchaços) e atrás das orelhas.

Por fim, os bombeiros a levaram para o hospital. A bebê foi levada novamente ao hospital onde havia sido declarado o óbito.

Conforme os bombeiros, ao chegarem ao local, foram realizados novos testes de oxigênio e batimentos cardíacos, que resultaram em 84% de saturação de oxigênio e 71 batimentos por minuto.

Em seguida, foi feito um exame de eletrocardiograma, que não detectou sinais elétricos.

  1. Bebê é levada para hospital ao se mexer durante o próprio velório

Causa da morte

Segundo o MP, o pai relatou às autoridades que a criança passou mal na noite de quinta-feira (17) e foi levada ao hospital. O médico diagnosticou uma virose, aplicou soro, receitou medicamento e a liberou. Ela voltou a passar mal no sábado, foi levada ao hospital, e o mesmo médico atestou a morte.

O profissional disse à família que a causa da morte foi asfixia por vômito. Contudo, na declaração de óbito consta desidratação e infecção intestinal bacteriana.

“A paciente deu entrada no hospital por volta das 3 horas do dia 19 de outubro de 2024. O atendimento foi realizado pela equipe plantonista, que constatou o óbito da criança.”

Fundação Hospitalar Faustino Riscarolli.

Ao g1, o pediatra João Guilherme Bezerra Alves explicou que é possível que um bebê, ou qualquer pessoa, tenha movimentos involuntários após a morte.

“É importante notar que, embora possa parecer que o corpo esteja se movendo, esses movimentos são puramente reflexos involuntários e não indicam qualquer sinal de vida.”

João Guilherme Bezerra Alves, pediatra.





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