O eleitorado judaico da Pensilvânia pode desempenhar um papel crucial nas próximas eleições presidenciais dos Estados Unidos, conforme avaliou a analista de Internacional Fernanda Magnotta durante o CNN 360° desta quarta-feira (23). No entanto, a situação é mais complexa do que pode parecer à primeira vista.
Magnotta ressalta que a identificação como judeu não implica necessariamente em apoio ao governo de Benjamin Netanyahu ou às políticas de Israel.
“Nem tudo é óbvio. A comunidade judaica não necessariamente é uma comunidade que vai apoiar Israel a todo custo, apoiar quem apoia Israel a todo custo”, diz.
Heterogeneidade da comunidade judaica
A especialista destaca a diversidade de opiniões dentro da comunidade judaica, inclusive na Pensilvânia. Muitos membros dessa comunidade têm se engajado em críticas às ações de Israel sob a liderança de Netanyahu, bem como ao apoio dos Estados Unidos a essas políticas.
Este cenário torna a disputa eleitoral na Pensilvânia ainda mais imprevisível. O estado, que na última eleição votou predominantemente no Partido Democrata por uma margem mínima de 0,2%, continua sendo um território altamente disputado.
Complexidade política da Pensilvânia
Magnotta aponta para a complexidade política do estado: “A gente está falando de um estado que na última eleição votou predominantemente democrata numa diferença pequeníssima”.
Ela lembra que, embora o governador atual seja democrata, a disputa por uma vaga no Senado está acirrada, com o candidato republicano ameaçando a reeleição do senador democrata.
A analista destaca ainda a divisão geográfica do voto no estado: “O recorte demográfico mais importante na Pensilvânia é entre cidades e o interior”.
As áreas urbanas, como Pittsburgh e Filadélfia, tendem a votar nos democratas, enquanto o restante do estado é predominantemente republicano.