Rádio transcende e atinge das gerações Baby Boomer a Alpha


No chamado mundo multigeracional, gerações diferentes consomem informações de maneiras distintas. Seja Baby Boomer, X, Y, Z ou Alpha, cada uma possui experiências e valores próprios que moldam a sociedade como a conhecemos hoje.

Consumo de rádio em Campo Grande ocorre entre todas gerações. Imagens: Freepik e Vecteezy/Reprodução

81% dos campo-grandenses consomem rádio, não só no famoso “radinho”, como também no áudio on-line. O chamado audio on demand ou em tradução, rádio sob demanda, se apresenta como um sucesso. Cerca de 91% da população que compõe a “Geração Y” ouve streaming com frequência. Já na população da chamada “Geração Z”, o percentual é maior, são 96% de ouvintes. Os dados são do Relatório TG Light 2024.

Para contextualizar, vamos entender, primeiro, o que representa cada geração:

  • Baby Boomers: Nascidos após a Segunda Guerra Mundial, entre 1946 e 1964, essa geração valoriza a informação e a credibilidade. Eles tendem a ser mais receptivos a campanhas publicitárias convencionais;
  • Geração X: São aqueles que nasceram entre 1965 e 1980 e cresceram em meio a mudanças sociais e tecnológicas.Tendem a ser adaptáveis e buscam uma mistura de mídia tradicional e digital. Geralmente valorizam a autenticidade e a transparência nas comunicações;
  • Geração Y: Também conhecida como Millennials, inclui os nascidos entre 1981 e 1996. É marcada pela conexão digital e já são habituados a consumirem conteúdo de forma diversa, como redes sociais e streaming. Valorizam experiências e interações diretas com as marcas;
  • Geração Z: Conhecida por incorporar os chamados nativos digitais, trata-se dos nascidos entre 1997 e 2012. Se caracterizam pela forma rápida de adotar novas plataformas e formatos de mídia. Buscam autenticidade e responsabilidade social nas marcas, além de obter preferência por conteúdos visuais e interativos;

Para o estudante Arthur Monteiro, 14 anos, que já faz parte da geração Z, a paixão pelo rádio também se faz presente. Monteiro explica ao Primeira Página que ouve com frequência, principalmente quando está com a mãe, porque já se tornou uma tradição familiar. “Minha mãe é movida a som e a tradição passou de mãe para filho. Quando não estou na escola, estamos ouvindo música juntos. Eu até gosto de músicas antigas da época dela e até do meu avô”, revela.

  • Geração Alpha: A primeira geração a crescer completamente imersa em tecnologia, engloba os nascidos entre 2013 e 2025. É conhecida por interagir com dispositivos digitais desde a primeira infância. Seu consumo de mídia é moldado por inovações contínuas e de personalização.

Consumo de rádio

Diferentes, cada uma possui uma maneira particular de consumir as mídias, o que mostra também, um reflexo da época em que viveram e das experiências pelas quais passaram.

Os Baby Boomers, por exemplo, cresceram em um mundo sem internet, onde o rádio e a televisão eram as principais fontes de informação e entretenimento. Já a Geração Z, conhecida como nativa digital, cresceu imersa em tecnologias e redes sociais, com conteúdos rápidos e fragmentados.

Mesmo com as disparidades de ideias e formas de consumo, o rádio segue amplamente forte entre pessoas da geração Y, aquelas que apresentam menos de 44 anos. Elas têm o maior percentual de consumo radiofônico em Campo Grande, com 32%.

Para o técnico de enfermagem Jeferson Costa, de 35 anos, o gosto pelo rádio é herança familiar e traz de volta a memória do avô e da época na chácara. “Escuto bastante o Spotify, mas pela manhã gosto de ouvir a Morena FM. Não havia luz lá, então toda noite durante 30 minutos ouvíamos o rádio, tempo curto para economizar as pilhas. A partir desses momentos que nós tínhamos, quando eu voltava para a cidade eu sempre escutava rádio e geralmente nos horários em que eu ouvia com ele na chácara ”, relembrou ao Primeira Página.

Abaixo, é possível analisar ainda como seguem as preferências das demais gerações na capital sul-mato-grossense:

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Gráficos mostram índices de consumo em Campo Grande.

Em Campo Grande, a participação é expressiva da geração Y e Z. Veja os dados locais:

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Veja o consumo de rádio on demand em Campo Grande.

Sobre a penetração do audio on demand nas diferentes gerações, o destaque fica, ainda, com a geração Y. Mais de 91% dos campo-grandenses dessa geração ouvem streaming com frequência, o que representa cerca de 182 mil pessoas.

Em seguida está a geração Z: o áudio on-demand possui uma penetração de 96% nessa geração, que representa cerca de 164 mil campo-grandenses que estão habituados a ouvir streaming ou podcast. Observe o demonstrativo de penetração nas gerações em números:

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Penetração do rádio entre as gerações.

Líder em frequência de escuta, a geração Z fica na frente quando o assunto é consumir streaming todos os dias, localmente. Na sequência está a geração Y. Veja só:

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Frequência dos públicos que ouvem rádio.

O que o público mais gosta no áudio on demand

A geração Alpha prefere temas esportivos e a geração X consome conteúdos jornalísticos em maior quantidade. Já o assunto true crime tem sua maior penetração na geração Z.

Enquanto isso, as variedades são os assuntos de maior afinidade com os Baby Boomers. Já o tema com maior penetração em todas as gerações são as músicas ou assuntos relacionados a elas. Veja abaixo:

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Tipos de conteúdos ouvidos.

Com todos esses dados, é possível entender que os anunciantes precisam estar próximos dos ouvidos dos consumidores se desejam se tornarem relevantes em suas rotinas para usufruir do poder das mensagens publicitárias nos mais diferentes formatos na jornada do consumo de áudio.





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