Uma advogada que foi presa na manhã desta quarta-feira (30), durante a operação da PF (Polícia Federal) para investigar supostas irregularidades no sistema financeiro da Unimed Cuiabá, foi solta no fim desta tarde, após concessão de habeas corpus, pela Justiça de Mato Grosso.
Na ocasião, também foram detidos o ex-presidente do plano, Rubens Carlos de Oliveira Jr, e o ex-CEO, Eroaldo Oliveira.
Ao todo, 6 mandados de prisão temporária foram expedidos contra ex-administradores e prepostos da empresa, além de mandados de busca e apreensão, afastamento de sigilos telemático, financeiro e fiscal, bem como o sequestro de bens dos investigados.
Pesam sobre os investigados, conforme os militares, as suspeitas de crimes de falsidade ideológica, estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
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O outro lado
Em nota, a Unimed disse que, no ano passado, apresentou ao MPF uma notícia-crime acompanhada de provas das irregularidades cometidas no balanço contábil de 2022, que apontava o rombo milionário. A fraude fiscal foi auditada durante as investigações por peritos da Procuradoria Geral da República.
“Com o compromisso de transparência e integridade, a Unimed Cuiabá formalizou um Acordo de Leniência com o Ministério Público Federal, reforçando seu empenho em corrigir irregularidades e fortalecer as práticas de governança e conformidade”, disse.
Operação Bilanz
A Polícia Federal cumpriu na manhã desta quarta-feira (30), mandados judiciais na Cooperativa de Médicos em Cuiabá. Os mandados foram expedidos pela 5º Vara Federal Criminal de Cuiabá.
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A PF e o MPF/MT reafirmam seu compromisso no combate à criminalidade econômico-organizada e com a promoção da integridade na administração de operadoras de saúde.
O nome da Operação Bilanz, termo em inglês, significa balanço patrimonial, fazendo alusão às fraudes contábeis e documentais que a gestão da Cooperativa realizou durante a gestão de 2019-2023.
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