Justiça solta todos os investigados por rombo de mais de R$ 400 milhões na Unimed


Os seis presos na Operação Bilanz foram soltos na noite dessa quarta-feira (30) durante audiência de custódia pela Justiça Federal. Haviam sido presos o ex-presidente da Unimed Cuiabá Rubens Carlos de Oliveira Jr, o ex-CEO, Eroaldo Oliveira, a ex-diretora administrativa financeira Suzana Aparecida Rodrigues dos Santos Palma, a ex-superintendente administrativa financeira Ana Paula Parizzotto, a contadora Tatiana Bassan e a advogada (assessora jurídica) Jaqueline Larréa. Nenhum deles vai cumprir medidas cautelares.

Da esquerda para a direita, ex-presidente Rubens Carlos de Oliveira Jr. e o ex-CEO, Eroaldo Oliveira. (Foto: Reprodução)

A decisão é do juiz da 5ª Vara Federal Jeferson Schneider.

“A despeito da movimentação dos investigados, não vislumbro nenhum ato concreto que possa trazer prejuízo à instrução processual e à aplicação da lei penal. Em alguma medida, os investigados se mobilizaram para se defender do ato da ANS que determinou a indisponibilidade de bens dos investigados, o que, por si só, não significa qualquer risco ou prejuízo a instrução processual, mas o exercício regular do direito de defesa”, afirmou o magistrado.

Os envolvidos foram presos na manhã dessa quarta-feira suspeitos de deixarem um rombo na cooperativa médica de mais de R$ 400 milhões. Pesam sobre os investigados as suspeitas de crimes de falsidade ideológica, estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

As investigações identificaram indícios de práticas ilícitas relacionadas à gestão financeira e administrativa da entidade, incluindo a apresentação de documentos com graves irregularidades contábeis à ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). Assim, estão sendo apurados os crimes de falsidade ideológica, estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

As investigações identificaram indícios de práticas ilícitas relacionadas à gestão financeira e administrativa da entidade, incluindo a apresentação de documentos com graves irregularidades contábeis à ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

Outro lado

Em nota, a Unimed disse que, no ano passado, apresentou ao MPF uma notícia-crime acompanhada de provas das irregularidades cometidas no balanço contábil de 2022, que apontava o rombo milionário. A fraude fiscal foi auditada durante as investigações por peritos da Procuradoria Geral da República.

“Com o compromisso de transparência e integridade, a Unimed Cuiabá formalizou um Acordo de Leniência com o Ministério Público Federal, reforçando seu empenho em corrigir irregularidades e fortalecer as práticas de governança e conformidade”, disse.

Operação Bilanz

A Polícia Federal cumpriu na manhã desta quarta-feira (30), mandados judiciais na Cooperativa de Médicos em Cuiabá. Os mandados foram expedidos pela 5º Vara Federal Criminal de Cuiabá.

A PF e o MPF/MT reafirmam seu compromisso no combate à criminalidade econômico-organizada e com a promoção da integridade na administração de operadoras de saúde.

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