Veja como pode funcionar o cadastro de estupradores, aprovado no Senado


O Senado Federal aprovou, nessa quarta-feira (30), o projeto de lei que cria o cadastro sobre pedófilos e predadores sexuais. O objetivo é a prevenção contra novos crimes, já que o cadastro terá o nome completo e CPF (Cadastro de Pessoa Física) de condenados por crimes sexuais.

Projeto de lei para criação de cadastro de estupradores foi aprovado pelo Senado. (Foto: Jonas Pereira, Agência Senado)

Aprovação do Cadastro de Estupradores

O projeto de lei (PL 6.212/2023) foi criado pela senadora Margareth Buzetti (PSD-MT), já havia sido aprovada pela ALMT (Assembleia Legislativa de Mato Grosso) e, depois, recebeu a maioria dos votos de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) em dezembro do ano passado.

No caso do cadastro de Mato Grosso, a lei determina que o público só pode verificar o nome e a foto do suspeito se já condenado, até que ele obtenha a reabilitação judicial.

O conteúdo total dos envolvidos em crimes contra crianças e adolescentes ficaria em um sistema que poderia ser acessado somente por delegados e investigadores de polícia. Essas informações, segundo o Supremo, ficarão disponíveis por 10 anos após o cumprimento da pena.

Margareth Buzetti (PSD-MT), criadora do projeto de lei. (Foto: Reprodução)
Margareth Buzetti (PSD-MT), criadora do projeto de lei. (Foto: Reprodução)

Os dados disponibilizados serão sobre condenados em primeira instância, por crimes como:

  • estupro;
  • estupro de vulnerável;
  • tráfico de pessoas para exploração sexual;
  • favorecimento de prostituição;
  • corrupção de menores;
  • divulgação de cena de estupro.

O próximo passo, é a sanção do projeto de lei pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O que muda?

Atualmente, processos relacionados a crimes contra a dignidade sexual são tratados sob sigilo.

A mudança nesse cenário poderia identificar criminosos e impedir que tragédias como o caso da mãe e três filhas assassinadas em Sorriso, a 420 km de Cuiabá, segundo o promotor de Justiça Tiago de Sousa Afonso da Silva, do Núcleo de Enfrentamento à Violência Doméstica.

Foto famila morta Sorriso
Mãe e três filhas foram assassinadas em Sorriso. (Foto: Instagram)

Em entrevista ao Papo das 7, do Bom Dia MT, em novembro do ano passado, o promotor defendeu a constitucionalidade da lei e lembrou que, no caso da tragédia em Sorriso, citada acima, o suspeito – Gilberto Rodrigues dos Anjos – já tinha dois mandados de prisão em aberto por homicídio e estupro, cometidos em Goiás e Lucas do Rio Verde, cidade próxima de Sorriso.

Gilberto Rodrigues dos Anjos, de 32 anos, ainda não passou por audiência de instrução após ter matado a mãe e 3 filhas em Sorriso. (foto: Reprodução)
Gilberto Rodrigues dos Anjos, de 32 anos, preso após ter matado a mãe e 3 filhas em Sorriso. (foto: Reprodução)

Mesmo tendo mandados em aberto, o homem não tinha sido capturado e não foi reconhecido pela população.





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