Após dias na espera, saiu o resultado sobre a morte da cachorrinha da raça bulldog francês, Filó. O caso aconteceu em 26 de setembro deste ano, em Cuiabá.
O tutor, João Marcos Rondon de Lima, informou em uma rede social que a conclusão foi de “coagulação intravascular disseminada”, que refere sinais compatíveis a hipertermia. Ou seja, morreu de calor.
“Foi comprovado a nossa tese que a clínica não deu atenção e cuidados necessários durante o transporte, eles basicamente cozinharam nosso cachorro dentro da van”, comentou o tutor.
De acordo com o exame de necropsia “A hipertermia pode ocorrer devido ao aumento da temperatura ambiental e sobrecarga dos mecanismos fisiológicos responsáveis pelo resfriamento corporal, podendo ocasionar nas morte”.
João Marcos disse que pretende continuar com o processo e tomar as medidas judiciais cabíveis. À época, ele tinha registrado um boletim de ocorrência e a Dema (Delegacia Especializada de Meio Ambiente) é responsável por apurar as circunstâncias da morte da cadela.
O caso foi registrado como omissão de cautela na guarda ou condução de animais e maus-tratos, resultando em morte que provavelmente a falta de climatização tenha sido a causa da morte do animal.
“Nossa intenção não é ganhar dinheiro com isso. Queremos fazer com que os animais sejam respeitados, que a nossa sociedade, o comércio, todos tenham noção de que não estão vendendo um produto, e sim cuidando de vidas que fazem parte de famílias. E que isso tem que ser olhado com muita atenção ”, disse ele.
Relembre o caso
Segundo João, ele iria receber os três pets da família em sua residência, porém, o funcionário do pet shop relatou que havia um problema com um deles.
A empresa realiza uma espécie de táxi dog, que é o serviço de buscar os pets para banho e tosa em casa.
Em entrevista ao Primeira Página, João Marcos contou que encontrou Filó com a língua roxa, aquecida e desidratada.
“As duas Goldens saíram do veículo, aparentemente cansadas. O funcionário foi tirar a Filó, fiquei aguardando, mas ele demorou para retirar o animal. Após alguns minutos me informou que precisava levar a cadela para o hospital. Então, decidi verificar e percebi que ela estava respirando mal, retirei da van e a coloquei na água com gelo para tentar reanimá-la”
João Marcos, que é médico, se dirigiu a uma clínica mais próxima com a Filó. Ela foi entubada, e os profissionais tentaram todos os procedimentos de ressuscitação, sem sucesso. A cachorra, que era muito amada pela família, tinha cerca de dois anos. João Marcos desabafa:
“Foram cerca de 20 minutos do recebimento da cadela em minha casa, até encaminhar para clinica, e ela apresentava uma temperatura de 39 graus. Meu pet foi cozido vivo dentro dessa van. Infelizmente ela morreu, o que nossa família quer é que não ocorra essa situação com ninguém”