Em meio à exaustão de combater fogo, recompensa está em salvar animais


Conseguir salvar os animais que estão na rota do fogo é um alento em meio à rotina puxada de combate aos incêndios no Pantanal. No mais recente salvamento em uma área em chamas, no Parque do Rio Negro, a técnica do cabo Luiz Carlos Müller ao retirar uma jararaca das cinzas chamou atenção. (Assista aqui).

Luiz Carlos Müller, cabo do Corpo de Bombeiros. (Foto: Arquivo Pessoal)

“É um sentimento inigualável. O combate é árduo, exaustivo, e quando temos a oportunidade de salvar um animal diretamente, é inexplicável; só estando aqui para entender. Como sempre dizemos: ‘toda vida importa’.”

Luiz Carlos Müller, cabo do Corpo de Bombeiros.

O militar conversou com o Primeira Página enquanto segue monitorando os focos no parque que está sob ameaça das chamas, entre Aquidauana e Corumbá. Müller explica que o salvamento dos animais é parte imprescindível do trabalho de combate aos incêndios.

Além de ser especialista em incêndios florestais, o cabo também tem capacitação em resgate técnico de animais.

  1. Vídeo: “bombeiro ninja” salva cobra venenosa de incêndio no Pantanal

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Tenente Aniel, parceiro de Müller no combate aos incêndios. (Foto: Arquivo Pessoal)

“Já salvamos muitos animais diretamente, mas, com certeza, indiretamente salvamos muito mais, pois nossa missão é mitigar os danos que o fogo pode causar.”

Luiz Carlos Müller, cabo do Corpo de Bombeiros.

Em meio a tantos salvamentos, não arrisca dizer qual foi o mais representativo. “Todos que faço marcam de uma maneira ou de outra”, comenta.

No Parque do Rio Negro, a fauna é abundante, o que torna ainda mais urgente a ação rápida dos militares.

“Tem muitos veados, porcos, cobras, búfalos, e as fazendas no entorno do parque também têm muito gado.”

Luiz Carlos Müller, cabo do Corpo de Bombeiros.

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Cabo Sena, parceiro de Müller no combate aos incêndios. (Foto: Arquivo Pessoal)

O cabo comenta que ele e os companheiros de farda seguem na luta contra o tempo para tentar minimizar os estragos causados pelo fogo na região.

No momento, Müller e sua equipe controlaram os focos; a chuva que caiu na região também auxiliou no combate. Entretanto, o monitoramento continua diante do risco do retorno das chamas.

A expectativa é de que o fogo arrefeça para que ele e os militares sejam dispensados dentro do prazo. O cabo é lotado em Sidrolândia e, se todos os focos se extinguem, no dia 14 ele volta para casa com a sensação de dever cumprido.

O salvamento

No vídeo acima, é possível ver Luiz Carlos e os colegas no trabalho de combate em uma área recém-atendida pelo fogo. Com sopradores e abafadores, os militares atuavam no campo.

Em um determinado momento, a cobra aparece rastejando pelas cinzas. Em seguida, Müller agacha e resgata o animal. Enquanto um militar fica com a cobra nas mãos, outro bombeiro começa a jogar água para resfriar a serpente. Por fim, o cabo solta o animal longe do fogo.





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