Dois empresários de Campo Grande estão sendo investigados pela Polícia Civil por suspeita de receptação.
Um deles é proprietário de uma conveniência tradicional localizada no centro da cidade e o outro comanda uma chiparia na capital.
Ambos foram presos após a polícia encontrar, em duas lojas e em um depósito, 506 sacos de fécula de mandioca que pertenciam a uma empresa de Ponta Porã, vítima de estelionato.
Segundo o boletim de ocorrência, os empresários teriam adquirido a mercadoria de uma organização criminosa que pratica estelionato. A empresa de Ponta Porã havia denunciado à polícia que, em setembro deste ano, realizou duas vendas totalizando 24 toneladas de fécula, avaliada em R$ 73.920, cujos pagamentos não foram efetuados após a entrega dos produtos.
Durante a apuração, a polícia descobriu que os golpistas utilizaram um site e e-mail falsos para efetuar a compra.
Conforme as investigações, a fécula de mandioca foi vendida aos empresários de Campo Grande por um valor significativamente abaixo do preço de mercado, e os produtos eram revendidos ou utilizados como matéria-prima nas suas atividades comerciais.
Na semana passada, durante essa investigação de estelionato, outras quatro pessoas foram presas pela 3ª Delegacia de Polícia, responsável pela investigação, incluindo três suspeitos de integrar a organização criminosa e um empresário do ramo da construção civil, também preso em flagrante por receptação.
As ações fazem parte da primeira fase da Operação Miragem, que investiga crimes de estelionato e receptação. Segundo a polícia, o nome da operação alude ao desejo dos envolvidos em obter lucros por meio de vantagens indevidas.
O Primeira Página entrou em contato com as empresas investigadas na operação, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem. Estamos à disposição para receber um posicionamento.