Assassinato de cantora trans foi ordenado pelo Comando Vermelho em MT, diz delegado


Crime praticado pelo Comando Vermelho: essa foi a afirmação do delegado Bráulio Junqueira sobre o assassinato da cantora transexual, de 27 anos, conhecida como Santrosa, em Sinop, a 503 km de Cuiabá.

A vítima – que também foi candidata à vereadora nas eleições municipais deste ano – foi encontrada morta em uma região de mata na cidade, nesse domingo (10), com as mãos e pés amarrados e decapitada.

Santrosa, como era conhecida, foi encontrada morta decapitada, em Sinop. (Foto: Redes Sociais)

Morte de cantora trans

Segundo a Polícia Civil, a cantora estava desaparecida desde sábado (9), quando saiu de casa às 11h e teria dois shows marcados para aquela noite. Mas, ela não apareceu em nenhum evento.

O sumiço da vítima foi notado pelo pai, que teria chegado em casa e encontrado alguns itens revirados e bagunçados, sendo que alguns objetos sumiram. Um dia depois, o corpo de Santrosa foi encontrado na cidade.

A Politec (Perícia Oficial e Identificação Técnica) esteve no local e encaminhou o corpo da vítima para exame de necropsia.

Até o momento, o suspeito do crime ainda não foi localizado. Mas, conforme o delegado Bráulio Junqueira, da DHPP (Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa), trata-se de um caso de execução da organização criminosa conhecida por Comando Vermelho.

“Da forma como foi feita a execução, sequestrar e decapitar a pessoa, é uma marca registrada dessa quadrilha para demonstrar o que é feito com ‘caguetas’, com informantes, pessoas que jogam contra os interesses desse comando vermelho. Agora falta definir, realmente, a motivação desse crime”, disse o delegado durante reportagem exibida no jornal MT1, da TV Centro América, nesta segunda-feira (11).

Quem era Santrosa

Além de cantora, Santrosa havia se candidatado ao cargo de vereadora nas eleições municipais de 2024, pelo PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), recebeu 121 votos válidos e atualmente estava como suplente.

Na área política, ela defendia pautas voltadas ao acesso à cultura para comunidades de periferias de Sinop, onde vivia.

Ela também se apresentava nas redes sociais como CEO de uma produtora de artistas e modelos. Em abril deste ano, participou do concurso Miss Mato Grosso 2024 representando a cidade.

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Santrosa era cantora e foi candidata à vereadora em Sinop.

Amigos da cantora contaram à reportagem que a artista tinha uma loja de confecção de roupas e que investia o dinheiro ganho em eventos e shows gratuitos para a comunidade LGBTQIAPN+.

Santrosa tinha um canal de vídeos no YouTube com 4,1 mil inscritos onde publicava clipes de músicas interpretadas por ela.

O velório foi na madrugada desta segunda-feira (11) e o sepultamento deve ocorrer a partir de 16h30, em Sinop.

Repercussão

Após o crime, equipes de segurança reforçaram o policiamento na cidade, com objetivo de encontrar os suspeitos do assassinato da jovem.

Em nota, a Associação da Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Mato Grosso informou que acionou o GECCH (Grupo Estadual de Combates aos Crimes de Homofobia) e que cobrará as autoridades a apuração para revelar os culpados.

  1. Corpo de cantora trans é encontrado em Sinop com as mãos e os pés amarrados





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