A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) apreendeu 18 mil microtubos para venda em pontos de droga, no último sábado (9), em Cachoeiro de Itapemirim (ES). O material é popularmente conhecido por armazenar cocaína, mas sua distribuição e comercialização não são regulamentados.
Em uma operação realizada na tarde do última sábado (9), a PCES desarticulou um esquema de venda de microtubos utilizados para embalar cocaína em Cachoeiro de Itapemirim, no interior do Espírito Santo. A ação, que aconteceu no bairro Novo Parque, resultou na apreensão de cerca de 18 mil microtubos.
A operação, que contou com a participação da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cachoeiro de Itapemirim e da Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) do município, além da 7ª Delegacia Regional de Cachoeiro de Itapemirim, tinha como objetivo combater o tráfico de drogas na região.
As investigações apontaram que o suspeito fornecia os microtubos para diversos pontos de venda de entorpecentes na cidade, incluindo o bairro Nossa Senhora Aparecida, que já havia sido alvo de outras ações policiais.
De acordo com a PCES, o jovem investigado não foi preso preventivamente. Ele foi ouvido e, após depoimento, será investigado, possivelmente por associação ao tráfico de drogas. Em sua declaração, o suspeito confirmou que estava comercializando substâncias ilícitas há algum tempo. No entanto, ele alegou não saber que os produtos eram destinados ao tráfico, afirmando que vendia para algumas pessoas.
A Polícia Civil continua investigando o caso para identificar outros membros da organização criminosa e desarticular completamente o esquema de venda de drogas na região.
“Pino de cocaína” é usado em amostras laboratoriais
Popularmente entre os laboratórios, o microtubo é conhecidos como Eppendorf. A nomeclatura, na verdade, leva o nome de uma empresa alemã que desenvolve equipamentos e soluções para o manejo de líquidos e amostras em laboratórios, fornecendo instrumentos e materiais de consumo. Por isso, o produto é vendido como “microtubo tipo Eppendorf”.
O recipiente cilíndrico é comumente utilizados em laboratórios para armazenar e manipular pequenas quantidades de amostras biológicas ou químicas. São ideais para aplicações que exigem incubação, radioatividade ou análise de DNA e proteínas. Os tubos são utilizados na rotina de laboratórios para preparar, misturar, centrifugar, transportar e armazenar amostras.
O material apreendido pela PCES, embora possa apresentar significante ganho investigativo, no combate a sua utilização para tráfico de drogas, tem baixo valor financeiro, se analisados apenas como recipientes. Na internet, o “microtubo tipo Eppendorf” é comercializado no atacado. Um pacote com mil itens é vendido por cerca de R$ 30.