Departamento de Justiça quer pausar recurso que tenta retomar caso de documentos contra Trump

CNN Brasil


O Departamento de Justiça dos Estados Unidos pediu a um tribunal federal de apelação que suspenda um recurso que tenta retomar o caso dos documentos confidenciais contra Donald Trump.

O presidente eleito é acudo de manter arquivos sigilosos em sua casa na Flórida, após deixar a Casa Branca em 2021.

O departamento fez um pedido semelhante na semana passada quando solicitou que um tribunal pause o caso de interferência eleitoral no pleito de 2020 contra Trump.

Os desenvolvimentos nos dois casos mostram que a liderança do Departamento de Justiça e o escritório do Conselheiro Especial estão em negociações sobre o que fazer com os casos criminais contra Trump, dado a vitória do republicano nas eleições presidenciais.

Segundo a política do departamento, um presidente em exercício não pode enfrentar acusações criminais.

O 11º Tribunal de Apelações do Circuito, que lida com casos federais na Flórida, diz que o departamento precisa de mais tempo “para avaliar esta circunstância sem precedentes e determinar o curso apropriado conforme a política do Departamento de Justiça.”

Os promotores planejam dar uma resposta sobre a decisão até 2 de dezembro.

Entenda o caso

Donald Trump foi indiciado em junho de 2023 por um grande júri federal em Miami, acusado de obter documentos confidenciais de defesa nacional da Casa Branca após deixar o cargo, em 2021.

Ele teria resistido às tentativas do governo de recuperar os materiais, levando a uma grande operação do FBI, em agosto de 2022. O alvo foi o resort do republicano em Mar-a-Lago, na Flórida.

Jack Smith foi nomeado conselheiro especial para supervisionar a investigação do Departamento de Justiça sobre a questão dos documentos e os esforços de Trump para minar os resultados das eleições de 2020.

A acusação divulgada em junho do ano passado afirma que Trump reteve documentos relacionados a defesa nacional, classificados ao mais alto nível, e alguns eram tão sensíveis que exigiam tratamento especial.

Em julho deste ano, a juíza americana Aileen Cannon rejeitou o caso alegando que a nomeação do procurador especial Jack Smith violava a Constituição. Na época, procurador especial recorreu da decisão.

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