Uma nova ofensiva de Israel atingiu os subúrbios do sul de Beirute nesta sexta-feira (15), criando uma enorme nuvem de fumaça, em meio a intensificação das hostilidades entre o Hezbollah e as forças israelenses.
Detalhes sobre o impacto e as vítimas ainda não foram confirmados.
O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) no Líbano, disse nesta sexta-feira que houve uma escalada alarmante no número de vítimas dos ataques aéreos israelenses nas áreas densamente povoadas do país.
O Hezbollah disparou mísseis contra Israel, no dia seguinte ao ataque transfronteiriço de 7 de outubro pelo grupo militante palestino Hamas, que desencadeou a guerra de Gaza.
Desde então, trocas constantes de tiros ocorreram.
Embora nenhum dos lados tenha permitido que isso se transformasse em uma guerra em grande escala, os ataques levaram à evacuação de dezenas de milhares de pessoas da área de fronteira em ambos os lados.
Na quinta-feira (14), as forças israelenses lançaram ataques aéreos em regiões controladas pelo Hezbollah em Beirute, pelo terceiro dia consecutivo, atingindo alvos nos subúrbios do sul da capital.
No mesmo dia operações também atingiram Bint Jbeil, no sul do Líbano, onde ataques aéreos e bombardeios de artilharia durante a noite causaram grandes danos a prédios e complexos residenciais, segundo a Agência Nacional de Notícias do Líbano (NNA).
Cinco pessoas foram mortas em ataques aéreos nas localidades de Bazourieh e Jumayjimah, informou a NNA.
Entenda os conflitos no Oriente Médio
Israel lançou uma grande ofensiva aérea e terrestre contra o grupo Hezbollah no Líbano no final de setembro. Assim como o Hamas, o Hezbollah e a Jihad Islâmica são grupos radicais financiados pelo Irã, e, portanto, inimigos de Israel.
Os bombardeios no Líbano se intensificaram nos últimos meses, causando destruição e obrigando mais de um milhão de pessoas a saírem de casa para fugir da guerra. O conflito entre Israel e o Hezbollah já deixou dezenas de mortos no território libanês.
Ao mesmo tempo, a guerra continua na Faixa de Gaza, onde militares israelenses combatem o Hamas e procuram por reféns que foram sequestrados há mais de um ano durante o ataque do grupo radical no território israelense no dia 7 de outubro de 2023. Na ocasião, mais de 1.200 pessoas foram mortas e 250 sequestradas.
Desde então, mais de 43 mil palestinos morreram em Gaza durante a ofensiva israelense, que também destruiu praticamente todos os prédios no território palestino.
Em uma terceira frente de conflito, Israel e Irã trocaram ataques, que apesar de terem elevado a tensão, não evoluíram para uma guerra total.
Além disso, o Exército de Israel tem feito bombardeios em alvos de milícias aliadas ao Irã na Síria, no Iêmen e no Iraque.
No momento, as negociações por tréguas estão travadas tanto no Líbano, quanto na Faixa de Gaza.
