A partir da próxima segunda-feira (18), a Aprosoja-MT (Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso) vai percorrer as regiões do estado para analisar a realidade das lavouras e do plantio da soja para a safra 2024/25.
A entidade vai ouvir os produtores de diversas cidades, com o objetivo de compreender, de forma prática e regionalizada, os desafios climáticos que impactam a produção.
Lembrando que o estado tem enfrentado várias intempéries nos últimos anos, passando por questões como o aumento da temperatura, mudanças nas precipitações, ondas de calor, secas, chuvas e até incêndios florestais.
A Aprosoja destaca que a safra atual se assemelha ao ciclo produtivo 2020/21 e preocupa os produtores. Alertas já foram feitos às tradings para a necessidade de antecipar o planejamento e aprimorar o recebimento das plantas para evitar gargalos no momento da colheita.
Lucas Costa Beber, presidente da Aprosoja, comentou que, por meio dessa avaliação in loco, a entidade busca um ajuste mais fino nas projeções para que os números estejam baseados na realidade do campo.
Isso, porquê, segundo ele, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) têm superestimado a produção e deixam para fazer os ajustes muito tarde e, muitas vezes, a estimativa fica acima do que foi produzido real.
Perspectivas
De acordo com o Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária), na última semana, a semeadura de soja para a safra 2024/25 alcançou 93,72% da área prevista em Mato Grosso. Previsão é que o estado produza 44 milhões de toneladas.
Segundo o boletim divulgado nesta semana, as vendas avançaram 5,32 pontos percentuais em comparação com o mês anterior, alcançando 38,35% da produção prevista no estado.
Com o progresso da semeadura no estado, as preocupações e os riscos iniciais associados ao plantio da
cultura diminuíram, o que motivou os produtores a negociarem um maior volume no período.
Por fim, em relação ao preço da soja, o valor médio do mês chegou a R$ 110,13 por saca, uma alta de 0,63% em comparação a setembro.
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