Hamas divulga fotos de suposto corpo de refém; Israel investiga

CNN Brasil


Israel diz que está investigando fotos divulgadas pelo Hamas que supostamente mostram o corpo de uma mulher refém em Gaza.

Falando durante sua reunião semanal de gabinete neste domingo (24), o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que neste momento Israel não poderia verificar as imagens.

“Estamos em contato com a família e um comunicado pertinente foi emitido a todas as famílias. Nossos corações estão com eles”, disse Netanyahu. Ele enfatizou que o governo de Israel está empenhado em trazer de volta todos os reféns, incluindo aqueles que estão mortos.

O primeiro-ministro disse também que conversou com a mãe da refém supostamente mostrada nas fotos.

“É difícil descrever o pesadelo que ela está enfrentando. Nós acolhemos ela e sua família”, disse ele.

O braço militar do Hamas afirmou no sábado (23) que uma mulher refém foi morta numa área do norte de Gaza que estava “sob agressão israelense”.

O grupo não a identificou pelo nome, mas compartilhou duas fotos do corpo da refém. Israel não fez comentários sobre as circunstâncias da suposta morte.

Mais de 250 pessoas foram feitas reféns e cerca de 1.200 mortas durante os ataques liderados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023.

Desde então, vários reféns foram resgatados e, em novembro de 2023, mais de 100 foram libertados como parte de um acordo de curta duração de reféns e cessar-fogo.

Cerca de 101 reféns ainda estão detidos em Gaza, 97 dos quais foram feitos em 7 de outubro, acreditam as autoridades israelenses. Acredita-se que pelo menos 34 dos reféns estejam mortos.

No passado, Israel acusou o Hamas de divulgar imagens e informações sobre os reféns como uma forma de “terror psicológico” com o objetivo de aumentar a pressão sobre o governo de Netanyahu para chegar a um acordo de cessar-fogo.

Protestos quase semanais pedindo ao governo que garanta a libertação dos reféns têm ocorrido em Israel, inclusive perto das residências de Netanyahu, muitas vezes envolvendo familiares dos reféns.

Na semana passada, a pressão sobre Netanyahu intensificou-se com a decisão do Tribunal Penal Internacional de emitir um mandado de prisão.

Entretanto, as negociações para um acordo de cessar-fogo para reféns em Gaza praticamente pararam.

Exceto uma breve atividade no mês passado, não houve negociações reais desde que seis reféns israelenses foram executados pelo Hamas e encontrados em um túnel de Gaza no final de agosto.

O Catar anunciou este mês que iria suspender o seu papel de mediador nas negociações entre Israel e o Hamas, depois de concluir que os dois lados já não estão negociando de boa fé.

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