Tem 34 dias que Marina Sofia Menezes Ventura, de 13 anos, foi vista pela última vez, em Diamantino, a 209 km de Cuiabá. A investigação do caso Marina, como ficou conhecido, tem como principal suspeita a disputa pela herança que ela receberia de indenização pela morte do pai.
Desde o desaparecimento da adolescente, a polícia faz busca incessante para desvendar o paradeiro dela e descobrir o que houve.
Dois suspeitos já foram presos, incluindo o cunhado da jovem, que teria envolvimento direto no caso.
O desaparecimento
Era uma tarde de domingo, quando a mãe de Marina, Adriele Leite Menezes, saiu de casa para ir a um comércio local. Marina ficou na residência com a irmã mais nova.
Segundo o depoimento da mãe, ela pediu por telefone que Marina, a filha do meio, fosse buscar um frango. Quando retornaram, minutos depois, perceberam que ela não estava mais em casa.
O delegado responsável pelo caso, Marcos Bruzzi, aponta que o desaparecimento foi percebido por volta de 12h daquele dia. Esse horário foi confirmado por mensagens enviadas pela irmã de Marina a uma amiga, em que contava sobre a ausência da adolescente.
O que dizem as testemunhas?
Na noite do desaparecimento, três homens foram vistos retirando uma pessoa, com características semelhantes às de Marina, do porta-malas de um carro em uma área de mata.
Esses depoimentos levaram à prisão do primeiro suspeito, um jovem de 18 anos, em Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá. Durante o interrogatório, ele revelou ter sido procurado pelo cunhado de Marina, que lhe ofereceu R$ 25 mil para ajudar no desaparecimento da adolescente.
Segundo a Polícia Civil, o valor seria de uma indenização que Marina receberia devido à morte do pai, que deveria ser repartida entre os envolvidos.
A prisão do cunhado
Na última sexta-feira (22), o cunhado de Marina, João Victor Silva de Oliveira, de 20 anos, foi preso em Lucas do Rio Verde, a 360 km da capital. Ele estava acompanhado da irmã da vítima, de 17 anos, que foi conduzida à delegacia, ouvida e liberada.
Conforme as investigações, João Victor não apresentou um álibi consistente para o horário do desaparecimento e deixou a cidade logo após o sumiço de Marina. Imagens de câmeras de segurança revelaram que ele saiu de casa às 11h30, vestindo uma camisa vermelha, e retornou por volta das 13h30, usando uma camisa preta.
“Ele saiu com uma camisa vermelha e retornou com uma camisa preta. Em depoimento, não soube explicar o motivo da troca”, destacou o delegado Marcos Bruzzi.
O delegado também afirma que os responsáveis pelo desaparecimento tinham informações privilegiadas, já que retiraram Marina em um intervalo muito curto, no momento em que ela estava sozinha na residência.
As investigações continuam
Ambos os suspeitos passaram por audiência de custódia e permanecem presos nos municípios onde foram localizados.
Marina Sofia Menezes Ventura continua desaparecida. Qualquer informação que possa ajudar nas investigações pode ser repassada de forma anônima por meio do 197.
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