Para além das imediações de São Paulo, onde ocorreu o caso Paloma Lopes Alves, 31 anos, morta após hidrolipo, o procedimento, vendido como uma opção mais rápida e simples que a lipoaspiração convencional, gera curiosidade. Afinal, como ter a garantia de que será possível realizar um procedimento estético sem colocar em risco a própria vida?
Definida como uma “Mini Lipoaspiração”, o procedimento é mais barato e rápido, mas com a mesma finalidade, a remoção de gordura localizada. Segundo o Centro Brasileiro de Hidrolipo, durante o procedimento, é aplicado um anestésico que atua nas células de gordura, para que esta gordura seja aspirada por cânulas para fora do corpo.
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Qual a diferença da lipoaspiração?
O procedimento deve ser feito por pessoas maiores de 18 anos que não possuam doenças associadas ou compensadas, conforme avaliação do médico. É considerada mais simples, por não precisar de internação hospitalar, afinal, o procedimento é geralmente realizado em clínicas.
A anestesia é local e o paciente fica consciente, com a movimentação corporal normal por cerca de 2 a 3 horas. No dia seguinte ao procedimento, o paciente já consegue voltar às atividades do dia a dia.
Um dos pontos que chama a atenção do público é o custo financeiro, que se torna menor, pois não necessita de internação e anestesia geral. Ainda assim, seja na hidrolipoaspiração e lipoaspiração, devem ser realizados exames pré-operatórios, uso de cinta compressiva, drenagem linfática ou liberação tecidual, além do uso de antibióticos e analgésicos.
Quais áreas do corpo é feita?
Abdômen;
Dorso superior e inferior;
Braços;
Coxas, interno da coxa;
Papada;
Joelho;
Peitoral masculino;
Culotes.
Em alguns casos, a gordura retirada pode ser utilizada para aumentar as nádegas, mamas, bochechas e até os lábios.
Caso Paloma
Em São Paulo, a paciente Paloma Lopes Alves, de 31 anos, morreu após realizar o procedimento de hidrolipo na clínica Maná Day, na última terça-feira (31). Paloma havia se submetido ao procedimento nas costas e abdômen.
Era previsto que ela tivesse alta médica no final da tarde desta terça (26), mesmo dia em que a hidrolipo seria realizada. No entanto, após o procedimento, em que pagou R$ 10 mil e fez todo o acompanhamento pré-operatório via internet, Paloma entrou em parada cardiorrespiratória irreversível. O procedimento havia sido contratado pelas redes sociais e o pagamento feito por transferências bancárias.
Em entrevista ao Bom dia, São Paulo, o médico, Josias Caetano dos Santos, relembrou a situação que levou a morte de Paloma. Conforme a explicação, já na sala do pós-operatório, a paciente começou a sentir falta de ar, momento em que o médico foi acionado.
“Eu entrei na minha sala, passaram poucos minutos, a enfermeira me chamou e disse que a paciente não estava passando bem […], estava com falta de ar. Quando cheguei lá, ela estava realmente com angústia respiratória, muita falta de ar. A paciente piorou muito a angústia respiratória e ficou inconsciente. Mas, foi coisa de segundos”, relembrou.
O marido da vítima, até então, não havia percebido toda a movimentação e se atentou, após o acionamento do Samu. A vítima foi socorrida e levada ao Hospital Municipal do Tatuapé, onde chegou morta. Na unidade hospitalar, foi apontada como causa provável da morte uma embolia pulmonar.