influenciadores presos exibiam vida de luxo

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Dinheiro fácil, luxo e superação: essa era a narrativa vendida por influenciadores digitais como Briel Oliveira, um dos seis presos durante a Operação 777, deflagrada nesta quarta-feira (27), pela Polícia Civil. A ação revelou um esquema milionário envolvendo plataformas ilegais de jogos de azar, rifas clandestinas e lavagem de dinheiro, que financiavam um estilo de vida de ostentação, exibido nas redes sociais.

Influenciadores ostentavam vida de luxo e dinheiro fácil nas redes sociais. (Foto: Redes Sociais)

O esquema de ostentação

Briel, morador de Cuiabá, é acusado de promover o chamado “Jogo do Tigrinho” — uma plataforma de apostas ilegais que prometia ganhos altos com apostas de baixo valor.

Outros influenciadores de Mato Grosso e São Paulo também foram presos. Dentre os alvos estão: 

  • Briel Olivieira – influenciador digital em Cuiabá (91,5 mil seguidores)
  • Nicholas Guilherme – influenciador digital em São Paulo (123 mil seguidores)
  • Vitor Vinicius – influenciador digital em São Paulo (38 mil seguidores)

Além dos influenciadores, as mães de três deles foram presas, acusadas de participar do esquema de lavagem de dinheiro, movimentando e ocultando os valores obtidos com os crimes.

Seis pessoas foram presas, e um dos alvos viajou para Paris, nesta terça-feira. 

Com mandados expedidos pelo Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá, a Polícia Civil cumpriu:

  • 8 mandados de prisão temporária
  • 11 mandados de busca e apreensão
  • Sequestro e bloqueio de R$ 12,8 milhões
  • 9 ordens judiciais para suspensão de empresas em Mato Grosso, São Paulo e Maranhão
  • 7 ordens judiciais para bloqueio de redes sociais
  • 8 medidas cautelares de proibição de sair do país e proibição de realizar publicações nas redes sociais
  • 8 apreensões de passaporte

As autoridades destacaram que o dinheiro arrecadado com os jogos ilegais era usado para sustentar a ostentação, ampliando o alcance dos golpes e atraindo mais vítimas que acreditavam em promessas de lucro fácil.

A origem do nome da operação

O nome Operação 777 faz referência à sequência numérica associada à sorte, amplamente utilizada em plataformas de jogos de azar. Investigações apontaram que dois dos influenciadores tinham empresas registradas com “777” no nome, o que inspirou a nomenclatura da ação policial.

Prejuízo para as vítimas

Segundo o delegado Rogério Ferreira, da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), as plataformas ilegais promovidas pelos influenciadores não eram autorizadas e não garantiam o pagamento de prêmios.

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