Foi publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (5) a aposentadoria compulsória do ex-comandante da Polícia Militar, Alexandre Mendes.
Conforme a publicação, assinada pelo governador Mauro Mendes e pelo atual comandante-geral da PM, Cláudio Fernando Carneiro Tinoco, ele foi transferido compulsoriamente para a inatividade, mediante reserva remunerada.
Alexandre Corrêa Mendes continuará recebendo seu salário integralmente. Para justificar a aposentadoria, a PM alega que ele já possui 30 anos de tempo de serviço.
Pedido de exoneração
Alexandre Mendes pediu exoneração do cargo de comandante-geral da PM no dia 22 de novembro. A relação com o governador Mauro Mendes azedou após o então comandante pedir realinhamento salarial dos militares, auxílio noturno, gratificação por jornada extra e insalubridade aos policiais militares.
A determinação para que o coronel fosse transferido para a reserva remunerada foi publicada no Diário Oficial do dia 26 e assinado pela comandante-geral adjunta, coronel Francyanne Siqueira Chaves Lacerda.
Troca de comando e de farpas
Durante a troca de comando, no dia 29 de novembro, Alexandre Mendes e Mauro Mendes trocaram farpas.
“Obviamente a tropa viu um comandante que tentou uma melhoria salarial, tentou conquistar as mesmas gratificações que outras categorias do segmento possuem. Creio que nós ascendemos essa chama. Nós teremos alguma estratégia para apoiar o novo comandante-geral para ele usar uma sabedoria para que possa convencer o governador para justamente conceder os mesmos benefícios aos policiais militares”, disse Alexandre Mendes.
Em resposta, o governador Mauro Mendes disse que o ex-comandante-geral usou a estratégia errada e não soube dialogar.
“Talvez ele não tenha usado a estratégia correta. Não dialogou corretamente. O diálogo pode ser feito. Cobranças em público e pressão em cima do governador, já foi demonstrado dezenas de vezes que não funcionam”, disse o governador.