Família diz que jornalista dos EUA desaparecido na Síria em 2012 está vivo

CNN Brasil


A mãe de Austin Tice, um jornalista americano capturado há mais de 12 anos na Síria, disse nesta sexta-feira (6) que sua família tem informações de que ele continua vivo.

“Temos informações de uma fonte importante examinada por todo o nosso governo: Austin Tice está vivo”, afirmou Debra Tice a jornalistas no Clube de Imprensa Nacional nesta sexta-feira, antes de ir à Casa Branca para uma reunião.

O assessor de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, reuniu-se com a família de Tice à tarde, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, a repórteres.

“Jake Sullivan teve uma reunião com a família de Austin Tice nesta tarde, e Jake Sullivan tem se reunido regularmente com as famílias de americanos detidos injustamente”, afirmou.

“Continuaremos a nos certificar de que os americanos presos injustamente voltem para suas famílias”, ela acrescentou,

Ex-fuzileiro naval dos EUA e jornalista freelancer, Tice foi sequestrado em 2012 enquanto fazia uma reportagem em Damasco sobre a revolta contra o presidente sírio Bashar al-Assad. Na época, ele tinha 31 anos.

Não houve nenhuma reivindicação de responsabilidade por seu sequestro

Entenda o conflito na Síria

A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.

O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.

Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.

Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais — da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia — se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma “guerra por procuração”.

A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.

Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte “adormecido”, com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.

Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, de acordo com a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.



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